A internet é a principal fonte de informações que as brasileiras procuram quando estão em dúvida sobre como prevenir gravidez, superando a busca por consulta médica.
Isso mesmo: 59% das mulheres andam tomando decisões sobre contracepção com base em informações encontradas no mundo digital. O índice chega a 62% na faixa etária dos 18 aos 29 anos.
“Sites governamentais, de instituições de saúde, imprensa e até as redes sociais podem ser fontes confiáveis, mas, nas redes, principalmente, há muita desinformação circulando e nem todo mundo sabe distinguir o que é mito e o que é verdade“, pondera Edson Ferreira, ginecologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).
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No ambiente digital, 34% das brasileiras recorrem a sites e fóruns, 15% a grupos de WhatsApp e outras redes, e 12% a influenciadores.
O médico ainda é procurado por 54% das respondentes para definir, em conjunto, qual é o melhor método contraceptivo para cada mulher. Na pesquisa, era possível selecionar mais de uma resposta.
Os dados são de uma pesquisa realizada pelo Ipsos, a pedido da farmacêutica Bayer. Foram ouvidas 800 mulheres de 18 a 60 anos, de todas as classes sociais e regiões do Brasil. As respostas foram coletadas no final de agosto.
+ Leia também: Implanon chega ao SUS: veja outros 8 contraceptivos disponíveis de graça
Dia Mundial da Contracepção
A pesquisa, divulgada nesta semana, é uma iniciativa em comemoração ao Dia Mundial da Contracepção, celebrado nesta sexta-feira (26).
No Brasil, 62% das gestações não foram planejadas e um a cada oito nascidos são filhos de adolescentes — o que reitera a importância de levar informação de qualidade para a população.
Atualmente, um quarto das brasileiras não usa nenhum método contraceptivo, mas 91% já utilizou ao menos um ao longo da vida.
Nas farmácias e na rede pública, mais de uma dezena de métodos contraceptivos estão disponíveis — de camisinha e pílulas até métodos de longa duração, que hoje são considerados os mais seguros e eficazes.
Entre eles estão os dispositivos intrauterinos (DIU) de cobre e hormonais, além do implanon, uma haste flexível aplicada no braço que foi recentemente incorporada ao SUS.
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Fonte.:Saúde Abril