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10 de dezembro de 2025

8 restaurantes para comer bem na Avenida Paulista

8 restaurantes para comer bem na Avenida Paulista

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Via cartão-postal, a Avenida Paulista, que nasceu para abrigar mansões de barões do café e neoindustriais, consolidou-se como polo financeiro da cidade e, posteriormente como um dos mais importantes corredores culturais da capital.

É também um eixo gastronômico com caprichados restaurantes ao longo de seus quase 3 de quilômetros de extensão. É o lugar certo para uma refeição expressa, um almoço de negócios, um jantar romântico e ainda muita cozinha brasileira e japonesa de qualidade. Confira oito lugares para se dar bem a partir do premiado A Baianeira – Masp:

A Baianeira Masp

A Baianeira, que une no nome a mistura de baiana com mineira, também sintetiza quem é a chef Manuelle Ferraz, a Manu, e recebeu o título de melhor restaurante brasileiro de 2025 por VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER — uma mulher nascida no Almenara, do lado Minas Gerais, região fronteiriça com a Bahia. Antes instalada no subsolo do Masp, a casa migrou para o térreo do novo prédio anexo ao museu, passando por uma notável transformação. O ambiente anterior era maior, mas a atual fase apresenta requintes antes inimagináveis, evidentes tanto no menu quanto no serviço.

Manu amplia seu repertório culinário sem deixar o Brasil, e isso se vê em entradas como o miniarroz de jambu com crispy de presunto cru (R$ 44,00) e a vieira servida no purê de bananada-terra com calda de maracujá (R$ 46,00). No cardápio principal, o bacalhau vem com arroz de caruru com toque de azeite de dendê e batata torneada (R$ 143,00), enquanto a galinha caipira chega junto do talharim no molho untuoso da ave com folhas de mostarda (R$ 79,00).

Entre as sobremesas, o clássico manjar de coco com ameixa ganha outra dimensão pela calda de rapadura (R$ 30,00). O amor aos pedaços (R$ 36,00), ou bombocado de mandioca, é um bolinho quase sem açúcar na companhia de sorvete de abacaxi e lascas da fruta em compota, resultando em uma composição que beira o sublime.

Avenida Paulista, 1510 (Masp), telefone (11) 3266-6864. Tem acessibilidade. $$

Comer e Beber 2025
A Baianeira: receitas como bombocado de mandioca com sorvete de abacaxi e a fruta em compota, bacalhau com arroz de caruru e batata, manjar de coco com ameixa e calda de rapadura (Ligia Skowronski/Veja SP)
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Kan Suke

A degustação preparada pelo chef japonês Keisuke Egashira surpreende quem se senta ao balcão do Kan Suke. É sempre uma das melhores da cidade. Servido pouco a pouco, o menu tem uma versão apenas com opções frias e outra que também inclui pedidas quentes.

Pena que quando servido no piso superior onde há tatames, tem-se a clara sensação de receber um combinado de sushis feito sem a mesma inspiração. Faltam requinte e acabamento em parte dos itens servidos ali. Embora saboroso, o atum com umeboshi apresentava um corte não tão primoroso como no balcão do térreo. Em contrapartida, itens como a garoupa com purê de inhame pode funcionar bem no conjunto. Para a degustação, a dica é fazer reserva apenas no sushi bar para valer a pena.

Rua Manuel da Nóbrega, 76, Paraíso, telefone (11) 3266-3819. $$$$

Sushis
Seleção de sushis do Kan Sukê: prefira degustar no balcão (Ligia Skowronski/Veja SP)

Aizomê

É um dos poucos restaurantes japoneses da cidade sob comando feminino. A chef Telma Shimizu faz da casa dos Jardins uma referência em sofisticação (Alameda Fernão Cardim, 39, Jardim Paulista, telefone 11 2222-1176). Ela mantém também uma caprichada filial em plena Avenida Paulista, no interior da Japan House.

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Nesse endereço, o cardápio é bem mais simples, mas não menos atraentes e saborosas.  Reúne setto, maneira americanizada de dizer teishoku, a refeição completa dessa culinária oriental. Um exemplo é o peixe do dia na companha de arroz, sopa e hortaliça em conserva, entre outros itens.

Nos dois endereços, a confeitaria é feita por Rafael Aoki, que elabora sobremesas como a homenagem ao umê, composta de algumas versões da ameixa japonesa e ganache de ruibarbo.

Avenida Paulista, 52 (Japan House), telefone (11) 2222-1176 e WhatsApp (11) 97247-3862. Tem acessibilidade. $$$

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Setto do Aizomê Japan House: peixe do com arroz e acompanhamentos (Rubens Kato/Divulgação)
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A Casa de Antônia

Era um daqueles lugares charmosos e quase secretos, escondido em pleno Conjunto Nacional, o que não impedia de ter suas mesas disputadas. Explica-se: o  acesso era feito por um corredor da antiga unidade da Livraria Cultura. Virou coisa do passado com a inauguração nesta terça (9), da Galeria Magalu. No salão, sempre movimentado, pode-se provar as receitas da chef Andrea Vieira. Entre elas está a saborasa pot pie de carne cozida em uma mistura de cervejas e bacon, finalizada com massa folhada, um prato daqueles que despertam vontade de repetir.

Outros preparos também se destacam, como a pescada-amarela à indiana servida junto de dhal de lentilhas com umpicante delicioso e o canelone de cordeiro desfiado, acompanhado do molho do próprio cozimento, creme de queijo de cabra e farofa de pão. Para completar, as sobremesas são um capítulo à parte, irresistíveis do início ao fim.

Avenida Paulista, 2073 (Conjunto Nacional), Cerqueira César, (11) 93952-5565. Tem acessibilidade. $

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Bolo de tangerina do A Casa de Antônia: servido ao lado de chantili da fruta (Ligia Skowronski/Veja SP)

Balaio IMS

Nos fundos do restaurante envidraçado do chef Rodrigo Oliveira, o titular do megasucesso Mocotó, vale observar o jardim que abriga Eco, escultura do americano Richard Serra (1938–2024). Enquanto aprecia a obra, o visitante pode iniciar a refeição com o acarajazz — uma interpretação do clássico baiano servida em disco crocante de mandioca com creme de feijão-fradinho, camarão seco e quiabo — ou optar pelo pastel de verduras com queijo da Serra da Canastra.

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Embora a apresentação não seja das mais atraentes, a sobrecoxa de frango assada chega úmida, coberta por molho de café e acompanhada de purê de couve-flor e da hortaliça tostada. O pirarucu preparado na brasa aparece escoltado por purê de banana-da-terra, espinafre e castanha-do-pará. Outra pedida de pescado é o peixe do dia com pirão de frutos do mar e farofa de coco e banana-da-terra.

Avenida Paulista, 2424 (Instituto Moreira Salles),  telefone (11) 2842-9123. Tem acessibilidade. $$

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Pedida do Balaio IMS: peixe do dia com pirão de frutos do mar e farofa de coco e banana-da-terra (Ligia Skowronski/Veja SP)

Ráscal – Conjunto Nacional

É a mais nova unidade do Ráscal em São Paulo. Como nos demais, os salões são concorridos, especialmente na hora do almoço, enquanto os jantares costumam ser mais tranquilos. Em ambos os períodos, mantém-se o mesmo formato de refeição em bufê. Entre os itens que costuma aparecer estão o abacaxi grelhado, o pastrami, o atum em crosta de gergelim ao molho agridoce, além do arroz-negro com frutos do mar. Também tem uma pizza de massa fininha, constantemente reposta.

Na parte quente, cozinheiros atenciosos finalizam as escolhas dos clientes diretamente na bancada, com opções que se alternam, como o talharim ao molho de tomate e a rabada. Essa dinâmica garante variedade e frescor, reforçando o apelo dessa cozinha nos horários de maior movimento.

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Alameda Santos, 2152 (Conjunto Nacional), Cerqueira César, (11) 91021-3139. Tem acessibilidade. $$

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Ráscal: bufês de opções frias e quentes (Elias Baruque/Divulgação)

Spot

Há mais de três décadas colada à Avenida Paulista, a matriz permanece como uma vitrine para ver e ser visto. O cardápio, direto e sem firulas, apresenta pratos de variados estilos, que vão de petiscos a carnes grelhadas com opções de acompanhamento.

Das minhas recomendações, a salada niçoise é feita com atum fresco selado, vagem, batata, tomatinho, folhas variadas, ovo cozido, azeitona preta e torrada . Outro clássico da casa que merece ser provado  é o penne com melão e presunto cru, inspirado em uma receita da italiana Marcella Hazan (1924-2013).

Parte do grupo de sócios também está à frente da filial no Shopping JK Iguatemi e das três unidades do restaurante Ritz.

Alameda Ministro Rocha Azevedo, 72, Cerqueira César, telefone 3283-0946/3284-6131. Tem acessibilidade. $$

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Salada niçoise do Spot: atum fresco selado, vagem, batata, tomatinho, folhas variadas, ovo cozido, azeitona preta e torrada (Fernando Moraes/Veja SP)

Bráz Trattoria – Paulista

O endereço original no Shopping Cidade Jardim já não existe mais, mas a trattoria da Cia. Tradicional de Comércio segue presente na capital com duas unidades: uma em Pinheiros (Rua dos Pinheiros, 412, telefone (11) 3195-6373) e outra no complexo instalado ao lado da Avenida Paulista. Minha mais recente visita feita a este último endereço revelou uma experiência agradável, apoiada em um serviço rápido e atencioso.

Para começar, a porção de arancini — dourados bolinhos de risoto recheados de queijo caciocavallo — cumpre bem o papel de entrada. O cavatelli fresco, parente do nhoque e preparado na própria casa, chega banhado por ragu de linguiça artesanal com molho de tomate; e, para veganos, há uma versão feita com calabresa e parmesão vegetais. Também assa pizzas no jantar, como a clássica margherita. Para finalizar, o piquenique nuttelina reúne rolinhos de massa de pizza com creme de chocolate e avelã sem açúcar e pistache — uma delícia para arrematar.

Alameda Ministro Rocha Azevedo, 72, Cerqueira  César, (11) 3195-0560. Tem acessibilidade. $$

Bráz Trattoria: a clássica pizza margherita
Bráz Trattoria: a clássica pizza margherita (Crudo & BG/Divulgação)

 



Fonte.: Veja SP Abril

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