Uma conexão total com a natureza, em meio a paisagens impressionantes e com muita adrenalina: essa é a promessa do rafting, a descida em botes infláveis por corredeiras de rios, que tem ganhado cada vez mais adeptos no turismo de aventura pela grande versatilidade.

Além da beleza e emoção, esses passeios costumam ter níveis de dificuldades variados, atraindo desde famílias que não querem se arriscar muito – graças ao acompanhamento de guias e à escolha por trechos tranquilos – até praticantes mais experientes que buscam testar limites.

Ao redor do país, vários destinos têm se consagrado como polos de rafting, com frequência em cursos d’água localizados longe de áreas urbanas e em meio à mata densa preservada – o que já permite mesclar a aventura com o ecoturismo.

Antes de planejar sua viagem, vale se informar sobre a classe das corredeiras operadas pela empresa na região. A escala tem seis níveis, sendo o I o mais fácil para iniciantes e o VI aquele considerado “intransponível”, que impõe grandes riscos e só é navegável em condições especiais.

De modo geral, a maioria das corredeiras em áreas concorridas costuma ficar entre as classes II e V, mas isso pode variar de acordo com o local e a época do ano, conforme as chuvas e o nível do rio. Jamais se arrisque, procure se informar sobre as condições do rio e da empresa que oferece o serviço.

Confira alguns destinos que merecem entrar no roteiro.

1. Brotas (SP)

Um dos mais tradicionais destinos do turismo de aventura no país, Brotas é um lugar imperdível para interessados no rafting. A 235 km da capital paulista, a descida é no rio Jacaré Pepira, que também é procurado por praticantes da canoagem.

Dependendo do trecho e da época do ano, há opções com diferentes níveis de exigência, partindo da classe I e podendo chegar à V. Brotas é um destino tão tradicional da modalidade que acaba oferecendo as opções mais completas do país, com amplas opções de distâncias, dificuldades e horários – é uma das pioneiras na hoje popular descida noturna, sempre que as condições climáticas e o calendário lunar permitirem.

Com várias empresas operando o serviço, algumas opções são a Território Selvagem, a Brotas Rafting e a Alaya.

2. Extrema (MG)

O rio Jaguari, em Extrema, é um tradicional ponto para a prática do esporte, com mais de 5 km de descidas com níveis mais desafiadores, geralmente ficando nas classificações IV e V. A experiência combina com o nome do município mineiro e, por isso, é fundamental contar com serviço de guias capazes de lidar com as águas mais extremas do que a média.

Uma das empresas que operam no local é a Radix Aventura.

3. Foz do Iguaçu (PR)

O município famoso por suas cataratas não poderia ficar de fora de uma lista com boas corredeiras para descer de rafting. É claro que você não estará exposto ao risco e à violência das quedas d’água mais famosas do rio Iguaçu. De fato, a descida em Foz não passa do nível intermediário, sendo uma boa opção para quem ainda tem pouca prática na modalidade.

O rafting é disponibilizado pela Macuco Safari, que tem exclusividade na área (o acesso é por dentro do parque nacional, com cobrança de ingresso).

4. Ibirama (SC)

Ao lado do Vale do Itajaí, Ibirama e sua vizinha, Apiúna, contam com corredeiras de diferentes níveis de exigência no rio Itajaí-Açu. Há desde opções para iniciantes até aquelas mais avançadas.

A Ibirama Rafting é uma das empresas que oferecem o serviço na região, e também conta com opções de tirolesa, rapel e área para camping.

5. Itacaré (BA)

O rafting em Itacaré ocorre bem distante do centro do município, no distrito de Taboquinhas, a quase 30 km. É uma opção versátil, com corredeiras que vão das classes II a IV, mas o ideal é contratar um serviço de transfer, pois o caminho até a área de interesse é em estrada de chão. A beleza do lugar inclui um pequeno cânion em meio ao trajeto.

A Ativa Aventuras é uma das operadoras do serviço em Itacaré.

6. Juquitiba (SP)

O rio Juquiá é o polo de atração para amantes do rafting em Juquitiba, com uma opção mais radical próxima à nascente – o chamado Alto Juquiá – e corredeiras mais tranquilas em outros setores. Em tempos de lua cheia, se você tiver coragem, dá para investir na descida à noite.

Uma das empresas que oferecem o serviço é a Rio Abaixo, que também oferece aventuras “multiespécie”, com rafting especial para pets.

7. São Luiz do Paraitinga (SP)

Conhecido destino para trekking e rapel, graças às belezas da Mata Atlântica e do Parque Estadual da Serra do Mar, São Luiz do Paraitinga também é um conhecido local para o rafting. A descida pelo rio Paraibuna tem pontos com classe II a IV.

Entre as operadoras da região, uma das mais tradicionais é a Cia. de Rafting, com três décadas de experiência.

8. Socorro (SP)

Assim como ocorre em Brotas, Socorro é um dos destinos mais completos do país quando o assunto é rafting, com diversas opções para curtir as corredeiras que, no município, seguem as curvas do rio do Peixe. São cerca de 130 km para quem sai da capital paulista.

Entre opções mais tranquilas que incluem pacotes familiares e descidas mais aventureiras, o município costuma oferecer alternativas que são classificadas entre os níveis II e IV. O percurso mais famoso e exigente tem 7 km.

Empresas conhecidas de Socorro incluem a Mundaka, a Base 44, a Monjolinho e a Rios de Aventura.

9. Três Coroas (RS)

A apenas 25 km de Gramado, Três Coroas tem cada vez mais entrado no roteiro do turismo de aventura daqueles que visitam o tradicional destino da Serra Gaúcha. Se esse for seu planejamento, vale investir em um pacote que inclui transfer de Gramado e Canela até o local, onde a aventura ocorre no rio Paranhana.

A Brasil Raft é uma das operadoras da região.

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