Para os entregadores, a plataforma vai garantir R$ 250/dia para quem fizer 20 entregas, sendo pelo menos 5 de comida. Com essa estratégia, a companhia quer convencer motociclistas a trabalharem para a plataforma. No primeiro mês de funcionamento, para quem fizer 20 entregas de comida, a 99Food garante ganhos de R$ 400. A categoria, de tempos em tempos, promove “breques” protestando pelos baixos valores pagos por entregas.
Para subsidiar essa operação inicial, a 99Food diz que vai investir R$ 500 milhões. Em abril, Stephen Zhu, diretor global da Didi (empresa chinesa dona da 99), anunciou que o grupo investiria R$ 1 bilhão no país, durante encontro com o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Por que é importante?
Mercado de delivery é dominado pelo iFood, com uma fatia de 80%. A empresa foi inclusive acusada de monopólio e alvo de reclamação de concorrentes por manter contratos de exclusividade com restaurantes. Acordo assinado junto ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em 2023 limitou os contratos.
Mesmo assim, vários concorrentes desistiram do ramo de entrega. Uber Eats encerrou as operações em janeiro de 2022, e a própria 99 descontinuou seu serviço de entrega de comida em abril de 2023 – para voltar ao mercado agora em 2025. A colombiana Rappi segue operante no país.
Competição deve ficar ainda mais acirrada com chegada da chinesa Keeta. Prevista para iniciar as operações em novembro, a Meituan (dona da Keeta) é a maior plataforma de delivery da China. Eles prometem investir R$ 5,6 bilhões em 5 anos no Brasil.
Fonte.:UOL Tecnologia.: