Resenha por Saulo Yassuda

O Jiboia, inaugurado em janeiro, pode até parecer parte da nova geração de botecos da cidade. Mas engana. É meio que o primo rico e gastronômico desse pessoal. E o ambiente, mesmo simples, parece mais apurado.

No salão de iluminação difusa, dominam as jiboias que pendem sobre o balcão (não as cobras, mas as plantas. Ufa!) e estampam uma arte que corre pelas paredes (aí, sim, a serpente). E, embora a cerveja corriqueira nas “ampolas” de 600 mililitros (a partir de R$ 15,00, a antarctica) encimem várias mesas, que chegam até a calçada, fazem sucesso também os vinhos, com garrafas a partir de R$ 170,00 e taças a R$ 36,00. 

A seleção de coquetéis tem opções autorais e uma deliciosa batidinha de amendoim, café e caramelo salgado (R$ 30,00 a dose), esta da Suburbano Drinks, do bartender do Jiquitaia, David Moraes, finalizada na casa. Aliás, foi nesse restaurante brasileiro que o chef José Roberto Félix Jr. trabalhou por cinco anos antes de decidir se juntar a Artur Siviero e outros sócios para abrir o bar, onde a comida é ponto crucial.

Tem pasteizinhos de botequim, porém de queijo de cabra e cogumelo shiitake (R$ 21,00 duas unidades). E canapé, mas com base de palmito pupunha, anchova da Cantábria e vinagrete de jerez (R$ 23,00, duas unidades). Os espetos também têm vez. Aparecem em versões como coração bovino tenro com minicebola (R$ 18,00). 

Informações checadas em abril de 2025.