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15 de junho de 2025

Monique, acusada de participar da morte do filho Henry Borel, perde ação contra Prefeitura do Rio

Monique, acusada de participar da morte do filho Henry Borel, perde ação contra Prefeitura do Rio

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A professora Monique Medeiros, acusada de participação na morte do próprio filho, Henry Borel, 4, perdeu em segunda instância uma ação por danos morais contra a Prefeitura do Rio de Janeiro.

Ela havia pedido uma indenização de R$ 100 mil pelas manifestações do secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha (PSD), que lamentou seu retorno às atividades no período em que ela esteve em liberdade.

Servidora concursada do município, a professora foi alocada em um almoxarifado da secretaria em dezembro de 2022, após deixar a cadeia em agosto do mesmo ano. Ela voltou a ser presa em julho de 2023, e permanece aguardando julgamento.

A Justiça entendeu que a prefeitura tinha direito de remanejá-la, bem como expor os motivos da decisão.

“O fato de estar respondendo em liberdade a processo em que é acusada de homicídio contra o filho, por si só coloca a apelante em evidência e desperta o interesse na publicação em Diário Oficial sobre seu retorno às atividades funcionais, sendo veiculadas várias notícias sobre o fato, principalmente porque a apelante trabalha com crianças e adolescentes”, afirmou a desembargadora Claudia Nascimento Vieira, relatora do caso.

“O secretário, como chefe da pasta, veio à público para esclarecer as razões do retorno, as medidas internas que a secretaria estava tomando e que tudo estava de acordo com o órgão de assessoramento jurídico da pasta, resguardando assim o direito da apelante [Monique].”

Monique é acusada da morte da criança com o seu ex-companheiro, o ex-vereador carioca Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho. Henry foi morto no apartamento onde morava com a mãe e o então padrasto na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, em março de 2021.

Ela nega qualquer envolvimento com a morte do filho. “Sinceramente, eu acho que existem três pessoas que sabem o que aconteceu. Meu filho, Deus e o Jairinho. São as únicas pessoas que podem responder isso”, disse à Justiça em 2022. Jairinho, por sua vez, afirmou que não teve culpa pela morte de seu então enteado.

O laudo da necropsia do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que a morte foi em decorrência de uma hemorragia interna por laceração hepática por ação contundente. Os exames apontaram 23 lesões no corpo do menino.

A mãe do menino foi presa com o vereador semanas após o crime sob suspeita de atrapalharem as investigações. Um ano depois, em abril de 2022, ela foi solta por determinação da 2ª Vara Criminal após os principais depoimentos da ação penal. O Tribunal de Justiça chegou a restabelecer a prisão, mas ela foi revogada mais uma vez em agosto de 2022. Ela voltou a ser detida em julho de 2023, por determinação do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

No período em que esteve solta, Monique foi remanejada para o almoxarifado da secretaria. Após a divulgação do caso, Ferrerinha afirmou publicamente que buscou manter a professora “longe das salas de aula”, mas não tinha como evitar o seu retorno ao serviço público por ainda não ter sido condenada.

“Se dependesse de mim, Monique Medeiros já teria sido demitida há muito tempo, mas sabemos como a justiça demora no Brasil. Desde que aconteceu este caso absurdo, instauramos um processo administrativo, mas como ela foi solta pela justiça e ainda não houve sentença condenatória, a orientação jurídica recebida pela Secretaria é de que não há como a servidora ser afastada e ter a remuneração suspensa”, escreveu ele, em suas redes sociais.

“Desta forma, ela retornou ao trabalho em função administrativa no almoxarifado da Secretaria, longe da sala de aula e das nossas escolas. Precisamos todos, como sociedade, cobrar mais agilidade na conclusão do julgamento para que justiça seja feita em nome e memória do menino Henry.”
Monique alegou na Justiça que o secretário estava fazendo uma condenação pública da professora antes do trânsito e julgado do caso.



Fonte. .Noticias ao Minuto

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