
A Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) vai intimar novamente William Angonese, o namorado de Larissa Karolina Moreira, de 28 anos, suspeita de cometer maus-tratos e matar bichinhos adotados em ONGs protetoras de Cuiabá, após mais dois gatos serem localizados mortos no mesmo local.
Conforme a Polícia Civil, William deverá prestar novo depoimento na Dema, para dar continuidade às investigações e concluir o inquérito. O interrogatório vai acontecer após a investigada ter alegado durante a prisão em flagrante aos policiais que William abusou sexualmente dos bichinhos e seria os responsáveis pela morte deles.
Além da intimação, o delegado responsável pelo caso, Guilherme Pompeo vai representar judicalmente pela medida cautelar de quebra de sigilo de dados telefônicos dos celulares apreendidos para obter informações que possam corroborar com as investigações.
Laudos da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) irão confirmar se houve zoofilia, ou seja, abuso sexual contra os três animais localizados mortos.
Conforme a autoridade, há indícios de que ambos praticaram o crime. “Então, temos versões conflitantes e contraditórias. Um está imputando ao outro a prática do crime de maus-tratos que resultou em morte”, afirmou o delegado.
O caso
Na última sexta-feira (13), a estudante de Química da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Larissa, foi presa em flagrante por maus-tratos contra animais.
As investigações tiveram início depois da denúncia de que um casal estava descumprindo um ato verbal de formalidade de adoção de animais.
O acordo era que os tutores deveriam informar sobre o estado do animal adotado, porém ambos não estavam dando notícias, razão pela qual a diretora de uma ONG protetora procurou a Polícia Civil para que fosse investigado o paradeiro dos animais entregues ao casal.
Então, uma equipe da Dema foi até a residência da suspeita, no bairro Porto, em Cuiabá. No local, foi constatado que o gato adotado havia sido morto, e o corpo descartado em um terreno na rua de baixo da casa.
Ao ser localizada, a suspeita não colaborou com os policiais e ficou em silêncio. Na casa dela, foi encontrado um filhote de cachorro e várias rações para gato, mas nenhum felino foi localizado. Um lençol com sangue também foi encontrado.
No dia da prisão, o namorado da suspeita, mencionado na denúncia, foi localizado, prestou esclarecimentos e foi liberado em seguida. Segundo o rapaz a namorada matou o felino com a justificativa de ter arranhado o braço dela.
Fonte.: MT MAIS