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18 de junho de 2025

Entenda o que se sabe sobre o empresário encontrado morto em buraco no autódromo de Interlagos

Entenda o que se sabe sobre o empresário encontrado morto em buraco no autódromo de Interlagos

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A polícia encontrou o corpo do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, 35, no autódromo de Interlagos, zona sul de São Paulo, no dia 3 de junho deste ano. Ele estava em um buraco de cerca de três metros de profundidade.

De acordo com Ivalda Aleixo, diretora do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), ele estava sem algumas peças de roupas e tinha um capacete na cabeça.

Uma câmera que ele usava acoplada no capacete, e que pode ter gravado o que ocorreu, desapareceu.

Adalberto se identificava nas redes sociais como proprietário de uma ótica. Também publicava fotos relacionadas a motocicletas e a karts.

O QUE DIZ A PERÍCIA

A perícia realizada no corpo do empresário Junior apontou lesões no pulmão compatíveis com asfixia.

De acordo com o laudo pericial, foi encontrada uma discreta hemorragia recente no pulmão. O DHPP recebeu na terça 17 de junho, os resultados dos exames feitos pelo Instituto de Criminalística no corpo de Adalberto.

A indicação de que a morte pode ter sido causada por asfixia levou a Polícia Civil a tratar o caso como homicídio. Antes, outras hipóteses também estavam sendo analisadas.

O exame toxicológico recebido pelo departamento não constatou a presença de álcool ou drogas no sangue de Adalberto.

O teste é realizado por meio de sangue, urina, conteúdo gástrico e, em alguns casos, com líquido coletado atrás dos olhos.

Outro exame não encontrou lesões na traqueia do empresário que pudessem levar à morte. Os laudos também não descrevem como o empresário morreu. O corpo não tinha fraturas, apenas uma lesão superficial na pele na altura do joelho, uma espécie de arranhão.

Os exames também não encontraram esperma pelo corpo do empresário.

DEPOIMENTOS

Os achados da perícia divergem do depoimento de Rafael Albertino Aliste, 42, amigo do empresário encontrado no buraco. Aliste esteve com o empresário durante a tarde e início da noite de 30 de maio, data do desaparecimento, em um evento de moto em Interlagos.

Segundo a polícia, Aliste disse que ambos beberam e fumaram maconha na ocasião. A fala ocorreu em depoimento a policiais quando o empresário ainda estava desaparecido. Por ora, a polícia descarta qualquer envolvimento do amigo no crime.

O empresário do ramo de óticas desapareceu no dia 30, após o evento. O carro dele foi localizado por familiares em um estacionamento no interior do autódromo na manhã do dia 31.

Cerca de 180 seguranças atuaram no local. Uma das hipóteses da polícia é que Junior pode ter sido agredido por um segurança. Alguns desses profissionais, além de supervisores, já prestaram depoimento.

INVESTIGAÇÕES

A Polícia Civil trata como assassinato a morte do empresário. Antes, tinham sido levantadas outras hipóteses, como ocultação de cadáver e omissão de socorro.

Uma possibilidade é que Junior tenha sido jogado ainda vivo no buraco.
Buraco tinha três metros de profundidade

O corpo foi encontrado em um buraco de cerca de três metros de profundidade por 30 a 40 centímetros de diâmetro, de acordo com a delegada. O buraco faz parte da fundação de uma obra da prefeitura e ficava a cerca de 200 metros do local no qual o carro dele estava estacionado.

O empresário participou, dias antes de ser encontrado morto, de um festival no autódromo dedicado a motocicletas.

Junior foi de carro ao evento, mas teria usado uma moto no local –por isso, o corpo foi encontrado com um capacete.

Ele estava dentro do último buraco da fundação, o que segundo Ivalda, indica que ele pode ter sido colocado lá.

Na terça, um funcionário da obra resolveu olhar as condições das fundações, por causa da chuva, antes de retomar os trabalhos, e encontrou o corpo. Ele pensou pensou que fosse um boneco, até ver uma aliança no dedo.

CORPO ESTAVA SEM CALÇAS

O empresário estava sem algumas peças de vestuário, conta a delegada. “Para nossa surpresa, estava de jaqueta, só de cueca, sem calças e sem os tênis. Dizem que a jaqueta custa em torno de R$ 2.500 a R$ 3.000.”

As calças e os tênis não foram encontrados. Para Ivalda, a hipótese de latrocíinio (roubo seguido de morte) é improvável, já que nem a carteira com dinheiro, nem o celular foram levados.

CORPO SEM SINAIS DE VIOLÊNCIA

O corpo não tinha sinais aparentes de violência, lesão ou marcas de sangue e ficou preso na porção superior do buraco, longe do fundo.

De acordo com a delegada, o legista, de forma preliminar, disse que o empresário estaria morto no máximo há 40 horas, quando o corpo foi localizado.

“Se ele desaparece na sexta (30) à noite, temos sábado (31), domingo (1°), para encontrar o corpo hoje [terça, 3]. Ele teria que estar num estado mais avançado [de putrefação]. Ele pode ter morrido e não ter sido colocado lá [na sexta]”, avaliou logo após o corpo ter sido encontrado.

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Fonte. .Noticias ao Minuto

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