11:39 AM
19 de junho de 2025

Polícia trata seguranças e frequentadores de evento como suspeitos de morte de empresário

Polícia trata seguranças e frequentadores de evento como suspeitos de morte de empresário

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A investigação da morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, 35, encontrado em um buraco no autódromo de Interlagos, esbarra num universo extenso de potenciais suspeitos, de acordo com investigadores.

Na lista, estão seguranças, frequentadores de um evento do qual Junior participou antes de sumir, funcionários de limpeza e manutenção e até vendedores. A polícia, que trata o caso como intrigante e inusitado, acredita que cerca de 20 mil pessoas tenham passado pela festa.

“[É] Um desafio para polícia, nós vamos achar [o assassino]”, disse Osvaldo Nico Gonçalves, secretário-adjunto de Segurança Pública, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (18).

Diretora do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Ivalda Aleixo disse ter solicitado um novo procedimento no capacete encontrado com o corpo. A ideia é buscar algum indício que possa ter escapado.

A mulher de Junior, a farmacêutica Fernanda Dândalo, 34, já cobrou a solução do caso. “Eu preciso de respostas. Como que alguém sai do evento, vai para o estacionamento e dentro do estacionamento é morto? Como assim? Sem roubar nada?”, disse ela em entrevista à TV Globo dois dias após o corpo do empresário ter sido encontrado. Os dois estavam casados havia oito anos.

Junior sumiu na noite do dia 30 de maio, uma sexta-feira. O corpo foi localizado no dia 3, em pé e sem as calças e sem os tênis. Um capacete foi jogado sobre a cabeça dele.

Os laudos produzidos pelo IML (Instituto Médico Legal) apontaram que o empresário foi morto por asfixia, indicando a hipótese de ter ele recebido um golpe conhecido como mata-leão, o que teria causado sufocamento. Não está descartado que ele tenha sido jogado no buraco ainda vivo.

Com isso, a Polícia Civil passou a tratar o caso como homicídio. Antes do resultado do exame, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, que lidera a investigação) evitava descartar outras hipóteses para a morte do empresário. Entre as possibilidades que tinham sido analisadas e agora foram descartadas estão ocultação de cadáver e possível omissão de socorro.

A ausência de câmeras de segurança no local dificulta a investigação.

O DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) aguarda dois laudos que podem ajudar na investigação. Um que busca vestígios sob as unhas do morto e um do sangue coletado no veículo de Junior, localizado em um estacionamento no kartódromo de Interlagos.

É possível que o sangue já estivesse no veículo e não tenha qualquer relação com o assassinato.

Junior estava com um amigo em Interlagos. Rafael Albertino Aliste, 42, contou para os investigadores que eles se separaram quando foram pegar seus respectivos carros. Aliste também relatou aos policiais que eles beberam cerveja e fumaram maconha.

Um exame toxicológico não encontrou vestígios de álcool ou drogas no corpo de Junior. Os policiais afirmaram que o resultado negativo pode ser consequência da metabolização das substâncias.

A Polícia Civil disse ter a confirmação de que Junior bebeu quatro copos de cerveja no evento. Aliste não é considerado suspeito.

Investigadores também descartaram que Junior tenha mantido relações sexuais poucos antes de ser morto.



Fonte. .Noticias ao Minuto

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