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19 de junho de 2025

X oferecerá investimentos e compras no aplicativo – 19/06/2025 – Mercado

X oferecerá investimentos e compras no aplicativo – 19/06/2025 – Mercado

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A CEO do X, Linda Yaccarino, afirmou que os usuários “em breve” poderão fazer investimentos ou negociações na plataforma de mídia social, ao delinear uma investida em serviços financeiros, parte da busca do proprietário Elon Musk para construir um “aplicativo para tudo”.

“Você poderá vir ao X e transacionar toda a sua vida financeira na plataforma”, disse Yaccarino em entrevista ao Financial Times no festival de publicidade Cannes Lions. “E isso inclui desde pagar pela pizza que dividimos ontem à noite até fazer um investimento ou uma negociação. Esse é o futuro.”

Ela acrescentou que a empresa também está explorando a introdução de um cartão de crédito ou débito do X, o que poderia acontecer já este ano.

A proposta de incursão em serviços financeiros ocorre enquanto Musk busca modelar a plataforma, que ele comprou em 2022, à imagem do WeChat da China —um balcão único para mensagens, pagamentos e compras.

O X já havia anunciado a introdução do X Money, uma carteira digital e serviço de pagamento ponto a ponto, com a Visa como sua primeira parceira ainda este ano.

Yaccarino acrescentou que o X Money será lançado primeiro nos Estados Unidos antes de ser implementado em outros lugares, e disse que o serviço permitirá que os usuários comprem mercadorias, armazenem valor ou deem gorjetas a criadores na plataforma. “Um ecossistema comercial e financeiro completo surgirá na plataforma, algo que não existe hoje”, disse ela.

No entanto, uma grande investida em serviços financeiros abriria o X para desafios regulatórios onerosos, como a conformidade com regulamentações de licenciamento e combate à lavagem de dinheiro.

O X tem lutado para retornar à saúde financeira depois que os anunciantes, que respondem pela maioria de suas receitas, saíram em massa após a aquisição da plataforma, então conhecida como Twitter, por US$ 44 bilhões por Musk.

Muitos citaram preocupações com sua abordagem permissiva em relação à moderação, o que significa que seus anúncios poderiam ser colocados perto de conteúdo questionável, bem como o uso provocador da plataforma pelo próprio empresário bilionário.

As tensões entre a liderança do X e os anunciantes aumentaram. Na entrevista, Yaccarino rechaçou as alegações de que a empresa de mídia social ameaçou recentemente marcas com processos se não comprassem publicidade no X.

Ela descartou como “boato” um relatório do Wall Street Journal da semana passada, que dizia que meia dúzia de marcas, incluindo a Verizon e a Ralph Lauren, haviam fechado acordos para comprar anúncios após receber as ameaças. “São fontes não identificadas, comentaristas aleatórios de terceiros”, disse Yaccarino.

O X entrou com uma ação antitruste federal no verão passado contra a Global Alliance for Responsible Media, uma coalizão de marcas e agências de publicidade, bem como várias outras marcas. A empresa de mídia social acusou o grupo de violar a lei da concorrência ao coordenar um “boicote ilegal” sob o pretexto de uma iniciativa de segurança online.

Com o tempo, o X adicionou ou removeu várias marcas da denúncia. Ele retirou a Unilever do processo depois que a empresa retomou a publicidade na plataforma de mídia social em outubro.

Yaccarino disse que 96% dos clientes de publicidade da empresa antes da aquisição já retornaram à plataforma, e que a empresa atingirá sua meta de retornar aos níveis de publicidade de 2022 “muito em breve”.

Alguns anunciantes e agências em Cannes disseram ao FT que ainda estavam cautelosos em veicular anúncios no X e céticos de que atingiria suas metas em um futuro próximo —apontando para a toxicidade do conteúdo na plataforma.

Outros se sentiram pressionados a anunciar, de acordo com pessoas familiarizadas com as discussões, com uma alegando que foram instruídas a gastar um valor específico ou enfrentar um processo. A estreita relação de Musk com o presidente dos EUA, Donald Trump, deixou os anunciantes mais ansiosos para cumprir as exigências, disse a pessoa.

A empresa de pesquisa Emarketer projeta que a receita do X aumentará para US$ 2,3 bilhões este ano, em comparação com US$ 1,9 bilhão no ano anterior. No entanto, as vendas globais em 2022, quando Musk assumiu, foram de US$ 4,1 bilhões.

Yaccarino também destacou planos para reforçar as capacidades de inteligência artificial do X depois que ele foi comprado pela xAI, a startup de inteligência artificial de Musk, por US$ 45 bilhões em março. Ela argumentou que a parceria ajudaria a entregar melhor publicidade contra o conteúdo em alta em tempo real, acrescentando que agora tinha “o dobro de engenheiros” trabalhando para melhorar a plataforma.



Fonte.:Folha de S.Paulo

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