6:11 PM
4 de julho de 2025

Rússia intensifica uso de armas químicas proibidas na guerra da Ucrânia

Rússia intensifica uso de armas químicas proibidas na guerra da Ucrânia

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O ministro da Defesa da Holanda, Ruben Brekelmans, confirmou nesta sexta-feira (4) que, segundo informações do serviço de inteligência do país, a Rússia tem intensificado o uso de armas químicas proibidas na guerra contra a Ucrânia. A prática, que inclui o uso de substâncias asfixiantes lançadas por drones para forçar soldados a sair das trincheiras e serem alvejados, estaria se tornando comum no conflito, apontam também os serviços de inteligência da Alemanha.

“Podemos confirmar que a Rússia está aumentando o uso de armas químicas. Isso é alarmante porque faz parte de uma tendência que vem se consolidando há anos: a normalização e a padronização do uso dessas armas por Moscou”, declarou Brekelmans à agência Reuters.

O Serviço Federal de Inteligência alemão confirmou os relatos. Já o diretor do serviço militar de inteligência da Holanda (MIVD), Peter Reesink, afirmou que a Rússia vem expandindo sua capacidade de pesquisa e recrutando cientistas para desenvolver esse tipo de armamento, tornando seu uso quase uma rotina operacional.

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“Não se trata de algo pontual na linha de frente. Faz parte de um programa em larga escala. Se não expusermos essa realidade, há grande chance de que continue avançando”, afirmou Reesink.

Segundo ele, foi identificado o uso de cloropicrina — uma substância tóxica utilizada como arma química na Primeira Guerra Mundial e atualmente proibida — colocada em artefatos improvisados, como lâmpadas e garrafas acopladas a drones. Reesink também alertou para o uso irregular de gás lacrimogêneo, com munições adaptadas para esse fim.

A Rússia teria realizado, nas últimas horas, o maior ataque com drones desde o início da guerra, em 2022, de acordo com a Força Aérea da Ucrânia.

Vale lembrar que, em maio de 2024, os Estados Unidos já haviam acusado a Rússia de empregar cloropicrina em ataques na Ucrânia. A substância, proibida pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), provoca irritações graves nos olhos, pele e sistema respiratório. Quando ingerida, pode causar queimaduras, náuseas, vômitos e dificuldade respiratória.

Diante desse cenário, o ministro holandês defendeu sanções mais duras contra a Rússia, incluindo a exclusão do país de organismos internacionais como o Conselho Executivo da OPAQ. Segundo Brekelmans, ao menos três mortes na Ucrânia estariam ligadas diretamente ao uso de armas químicas, além de 2.500 feridos que relataram sintomas compatíveis com esse tipo de exposição.

Em resposta, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou na quarta-feira (2) que o Serviço Federal de Segurança russo encontrou um esconderijo ucraniano com explosivos contendo cloropicrina — uma acusação negada por Kyiv.

No entanto, a OPAQ declarou no ano passado que as acusações feitas tanto por Moscou quanto por Kyiv não tinham comprovação suficiente.

As conclusões do serviço de inteligência holandês foram formalmente apresentadas nesta sexta ao Parlamento dos Países Baixos.

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Fonte. :. Noticias ao minuto

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