Enquanto isso, empresas menores subcontratam um prestador de serviço de TI, que cuidam de todo o processo. A C&M é uma dessas companhias. “Por compartilhar recursos entre diferentes instituições, há uma eficiência de custo maior”, explica Matos.
São necessárias várias medidas de segurança [para acessar o sistema de liquidação do Pix], e nem todas as instituições conseguem cumprir os requisitos. Por essa razão entram empresas como a C&M Software, que tem os sistemas necessários e fornecem o acesso a várias empresas
Thiago Chiliatto, CEO da Antecipa Fácil (uma plataforma de leilão de recebíveis), cliente de um dos bancos atendidos pela C&M Software
Existem centenas de participantes ativos desse sistema de transferência de Pix. Segundo Rodrigo Takao, diretor de tecnologia da Gokei Tecnologia, hoje existem 441 participantes, além dos bancões. A maioria das instituições se conecta por meio de PSTIs (Provedores de Serviços de Tecnologia da Informação) – -a C&M Software é uma delas, mas tem outras, como a própria Gokei, Sinqia, Stark, entre outras. Essas companhias atendem fintechs, cooperativas, corretoras e bancos menores.
A C&M Software administra contas reservas para liquidação de Pix de 23 instituições financeiras e, devido ao acesso hacker, o Banco Central interrompeu temporariamente o acesso deles. Por essa razão, clientes da empresa (como o BMP e Banco Paulista) ficaram sem poder fazer transações instantâneas de dinheiro via Pix.
“A C&M Software é conhecida no mercado e tiveram a infelicidade de terceiros terem acessado o sistema deles”, diz Chiliatto. Segundo o executivo, que atua há mais de 20 anos no setor bancário, a provedora de serviços de tecnologia é confiável, é uma entidade regulada pelo Banco Central e são reconhecidos no mercado. Sua empresa, inclusive, é cliente do BMP (uma das companhias mais afetadas) que usa a solução da C&M Software.
O que se sabe sobre o ataque hacker à C&M Software
Um funcionário terceirizado da C&M Software foi detido nesta sexta-feira. Em depoimento à polícia, João Nazareno Roque diz que trabalha há três anos prestando serviço e que foi abordado por um homem, enquanto saía de um bar, que desejava conhecer o sistema da companhia para qual trabalhava.
Fonte.:UOL Tecnologia.: