O lipedema é uma doença que vem ganhando espaço nas rodas de conversa. Antes desconhecida e confundida com obesidade, a condição hoje conta com especialistas e tratamentos específicos.

Não existe cura, mas uma abordagem multifacetada pode ajudar a lidar com os sintomas. O tratamento costuma envolver uso de meias compressivas, mudanças na dieta e exercício físico.

Só que nem toda atividade é recomendada para quem vive com lipedema – alguns treinos podem até piorar os sintomas. Conheça as melhores modalidades para incluir na rotina de tratamento. 

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Opções de baixo impacto são as mais recomendadas

O acúmulo de gordura nas nádegas, coxas e pernas, lugares onde o lipedema costuma se concentrar, traz prejuízo para as articulações.

Assim, exercícios de alto impacto, como corrida, podem piorar as dores e ter um custo alto para as articulações. A recomendação dos médicos é apostar em atividades de baixo impacto articular.

Outra dica é aliar os treinos ao tratamento com fisioterapia, medida que pode ajudar a manter a mobilidade. Contar com um preparador físico para apoiar os exercícios é essencial para executar os movimentos corretamente e evitar lesões. 

Além de buscar manter a saúde articular, os exercícios são aliados no controle do peso, conduta que costuma integrar a lista de recomendações médicas para o lipedema, junto de mudanças na dieta.

Mais benefícios de se movimentar estão na melhora do fluxo vascular, na manutenção da saúde cardiovascular e na redução de complicações.

• Natação e hidroginástica

Além de melhorar a capacidade pulmonar de qualquer praticante, os exercícios aquáticos ajudam a tonificar os músculos e são uma ótima opção de baixo impacto para as articulações, que ainda promovem o fluxo linfático.

Exercícios que buscam alinhar a postura e alongar o corpo são uma ótima ideia para o tratamento do lipedema. Pilates ou ioga são boas modalidades para alongar os músculos e ampliar a capacidade respiratória. O risco de lesões é baixo.

Para quem tem lipedema, é melhor ficar de fora da onda da corrida. Mas as caminhadas são uma alternativa de baixo impacto, bem-vinda para manter a saúde do coração, queimar calorias e mexer as pernas.

Tonificar os músculos é a maneira de driblar um problema causado pelo lipedema: a perda de força muscular, em especial nas pernas. Mas é preciso ter muito cuidado: nem todo tipo de exercício feito na academia pode ser realizado por quem tem lipedema. Foque em movimentos de baixo impacto, realizados sempre junto de um educador físico ou personal trainer.

Cuidado com massagens e drenagem linfática

Embora a realização de massagens seja uma dica comum para diminuir dores musculares, elas nem sempre ajudam em casos de lipedema. Isso porque um dos sintomas da doença são as dores aliadas ao acúmulo de gordura. 

Assim, técnicas de massagem incorretas podem piorar os incômodos já existentes e resultar em vários hematomas. Especialistas recomendam recorrer a profissionais capacitados em drenagem linfática, com abordagens específicas para o lipedema, como as técnicas alemã, Godoy e CDT. Feita corretamente, a técnica pode diminuir o inchaço.