(FOLHAPRESS) – Mãe e padrasto de uma menina de dois anos que morreu com sinais de violência no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte do Rio, foram presos em flagrante na sexta-feira (4). O casal é suspeito de homicídio qualificado.
Géssika de Souza Anacleto e Nicolas Souto Mesquita tiveram a prisão convertida em preventiva (sem prazo) neste domingo (6) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público, que apontou a gravidade do caso e indícios de autoria e materialidade do crime.
Durante a audiência de custódia, realizada na Cadeia Pública de Benfica, Géssika e Nicolas negaram as acusações. A reportagem não localizou a defesa dos dois.
A menina foi levada ao hospital pelos responsáveis com a justificativa de que teria se engasgado durante uma refeição. Os médicos, no entanto, identificaram múltiplas lesões pelo corpo da criança, além de sinais de desnutrição e desidratação, o que levantou suspeitas da versão apresentada.
De acordo com o boletim de ocorrência, registrado na 22ª DP (Penha), a unidade acionou a polícia após constatar que o estado clínico da criança era incompatível com a explicação dos responsáveis.
O corpo da menina foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, que confirmou a existência de 72 hematomas, hemorragia interna e lesão de múltiplos órgãos, além de ferimentos em diferentes fases de cicatrização.
Os sinais, de acordo com a investigação, apontavam para uma violência continuada. “Há fortes indícios de que a morte trágica da criança não tenha sido um acidente, mas decorrente de uma ação dolosa”, afirma a decisão judicial.
Segundo a Polícia Civil, as investigações continuam para esclarecer as circunstâncias do crime.
Veja também:
PM mata por engano homem que saía do trabalho na zona sul de SP
Um policial militar de 35 anos foi preso em flagrante na noite de sexta-feira (4) após matar um homem de 26 anos na estrada ecoturística de Parelheiros, na zona sul de São Paulo.
O policial teria confundido Guilherme Dias Santos Ferreira, 26, com um assaltante. A vítima havia acabado de sair do trabalho, estava a caminho de um ponto de ônibus e carregava carteira, celular, um livro e uma marmita.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o policial reagiu a uma tentativa de roubo praticada por um grupo de motociclistas e fez disparos para dispersar os suspeitos.
Ainda no local, ele viu Ferreira se aproximando e atirou novamente. O trabalhador não tinha nenhuma relação com o crime e morreu no local. Ele era casado e havia feito aniversário na semana passada.
Nas redes sociais, a família pede justiça e ficou indignada por ele ter sido confundido com um criminoso.
O PM foi autuado por homicídio culposo, mas pagou fiança e responderá o processo em liberdade.
Ao sair do trabalho, Ferreira registrou no status no WhatsApp o horário em que bateu o ponto após o final do expediente: 22h28. Ele foi baleado sete minutos depois.
O caso é investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e a Polícia Militar acompanha o inquérito.
Fonte. .Noticias ao Minuto