O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) viajou do Texas a Washington nesta semana para novas reuniões no Departamento de Estado dos EUA . O órgão é o equivalente ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Ele foi acompanhado pelo jornalista e economista Paulo Figueiredo, que o apoia no esforço de convencer o governo de Donald Trump a aplicar sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Bolsonaro participou de uma das conversas por alguns minutos. Segundo Eduardo Bolsonaro, uma das autoridades quis telefonar ao ex-presidente para “dar um abraço nele”.

Paulo Figueiredo afirma que ambos foram chamados ao DoS para conversar sobre “os próximos passos” depois que Trump anunciou que deve aplicar sobretaxas de 50% aos produtos brasileiros vendidos aos EUA a partir de 1o de agosto.

O presidente norte-americano vinculou a iniciativa, “em parte”, ao fim do que define como “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro e seus seguidores. Eduardo Bolsonaro afirma que isso só ocorrerá com a aprovação de uma anistia ampla pelo Congresso Nacional.

Figueiredo diz que os norte-americanos falaram sobre o que esperam do Brasil depois do anúncio de Trump e que o país tem que “dar o primeiro passo” para desescalar a crise.

“Mas eles estão vendo que o Brasil está agindo ao contrário e dobrando a aposta”, diz.

“Falamos muito sobre a Lei Magnitsky também”, afirma ele, referindo-se à legislação que permite sanções dos EUA contra estrangeiros acusados de corrupção ou violação de direitos humanos.

Eduardo Bolsonaro e ele insistiram na necessidade de os EUA aplicarem sanções ao ministro Alexandre de Moraes antes do julgamento de Jair Bolsonaro, que deve ocorrer em agosto.

Segundo ainda Figueiredo, as autoridades norte-americanas “perguntaram também sobre cada um dos ministros do STF, queriam saber em detalhes como cada um deles atua”.

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