Na busca por um prato mais saudável, um desafio para o bolso e para a saúde é como garantir que ingredientes perecíveis, como vegetais e legumes, durem por mais tempo. Uma solução popular é comprar esses itens congelados ou pegá-los frescos e congelar você mesmo.
Mas é aí que surge a dúvida: será que, ao fazer isso, você ainda está conservando os benefícios desses itens para a sua saúde?
Entenda melhor a ciência desse congelamento.
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Eles ainda são benéficos à saúde?
Sim! Não há discussão de que os vegetais e legumes congelados conservam uma série de nutrientes muito importantes para a sua saúde, incluindo vitaminas e minerais.
O maior debate é se esses alimentos perdem parte desses nutrientes na comparação com a versão in natura (e, se esse for o caso, quanto perdem), mas é um consenso que eles continuam sendo interessantes para a saúde, e certamente melhores que um ultraprocessado.
A maior dúvida é porque, embora muitos estudos demonstrem que haja uma perda nutricional no congelamento, sobretudo quando falamos de vitaminas como a C e as do complexo B, outros sugerem o oposto: em alguns casos, vegetais e legumes congelados poderiam até conservar mais nutrientes do que a versão “fresca”.
O paradoxo ocorre porque nem sempre os alimentos frescos são tão frescos assim. E, se você comprou algo que estava “passado” já no mercado, é provável que aquele produto in natura já tenha perdido muitos nutrientes no simples envelhecimento natural na prateleira. Por outro lado, o congelado passou por esse processo quando ainda estava tenro, e manteria níveis mais altos dos compostos benéficos.
Como garantir o máximo de nutrientes (congelado ou fresco)
A técnica preferencial para congelar na indústria ou em casa é o chamado processo de branqueamento: submeta os alimentos frescos a um cozimento em água fervente ou no vapor por alguns minutos, deixe resfriar em água gelada (a dica é que o alimento fique no calor e no frio por tempo semelhante, que não costuma ultrapassar 10 minutos cada) e congele imediatamente.
Uma vez congelados, verduras e legumes tendem a durar até um ano desde que permaneçam no freezer e não passem por nenhum tipo de descongelamento no meio do caminho. Fique atento às quedas de energia nesse período: uma vez descongelado, o item deve ser consumido em até 24 horas, e não deve ser recongelado.
É importante observar que alguns itens com muita água, como tomates ou folhas verdes, não costumam ficar agradáveis ao paladar quando congelados. Além de perder sabor e textura, esses são os que tendem a perder muito mais nutrientes, já que a formação de cristais de gelo nesse tipo de produto danifica sua estrutura, e os compostos podem “ir embora” no descongelamento.
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Já no caso dos alimentos frescos, a dica para ter algo mais nutritivo é se certificar de que eles estejam mais tenros. É sinal de que eles não tiveram tanto tempo para se degradar expostos à luz, ao calor e à umidade, processos que podem diminuir seu valor nutricional e até afetar a segurança alimentar, como no caso da contaminação por mofo.
Olho no rótulo
Caso você compre um alimento já congelado no supermercado, vale sempre ficar de olho nas informações contidas no rótulo. Quase sempre, vegetais e legumes vendidos dessa forma não contam com nenhum aditivo, mas, por via das dúvidas, confirme que não houve adição de sal, açúcar ou qualquer outro conservante que vá além do que você encontraria num produto natural mesmo.
Uma vez se certificando de que o item é o mais próximo possível do que estaria na própria seção de hortifruti do mercado ou na feira agrícola mais próxima, está tudo pronto para saborear e incrementar a saúde à mesa. Congelado ou fresco, o importante, mesmo, é incluir vegetais e legumes na sua rotina alimentar, da forma que for mais conveniente e saborosa para sua situação.
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Fonte.:Saúde Abril