Felipe Santa Cruz, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e atual secretário de Governo da prefeitura do Rio de Janeiro, classificou o dia da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como um “dia de festa”. “Esse merda que matou tantos na pandemia está preso. Que os mortos o assombrem”.
Em suas manifestações, Felipe Santa Cruz foi enfático e utilizou linguagem forte, incluindo palavrões, para expressar seu posicionamento. Questionado sobre o crime que Bolsonaro teria cometido, Santa Cruz afirmou que em seu “mundo ideal” a punição para “traição aos cânones democráticos” deveria ser a pena de morte, explicitando “bala na nuca”.

“Minha postagem é um desabafo. Eu entendo que essa prisão é um passo importante na luta democrática, um passo importante e mais um desabafo nesse contexto, sim, de enfrentamento das redes sociais”, comentou ao portal Metrópoles.
Na entrevista, também justificou a expressão “bala na nuca” devido ao calor do debate. “É óbvio que é uma figura de linguagem, não defendo o tiro na cabeça de ninguém”, comentou.

A relação entre Felipe Santa Cruz e Jair Bolsonaro é marcada por desavenças antigas, iniciadas em 2019, quando Bolsonaro fez comentários polêmicos sobre o desaparecimento do pai de Santa Cruz, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, durante a ditadura militar.
Na ocasião, Bolsonaro também criticou a atuação da OAB no caso do agressor Adélio Bispo, que tentou atacar o ex-presidente em 2018. Em resposta, Santa Cruz recorreu ao STF para que Bolsonaro esclarecesse suas declarações.
Quem é Felipe Santa Cruz
Felipe Santa Cruz é filho de Fernando Santa Cruz, desaparecido político aos 26 anos. Seu pai era estudante de Direito, funcionário público e militante da Ação Popular Marxista-Leninista.
Fernando Santa Cruz foi detido em 1974 por agentes do DOI-Codi e nunca mais foi visto. Felipe Santa Cruz se candidatou a vereador do Rio de Janeiro, pelo Partido dos Trabalhadores, em 2004, mas não se elegeu. Desde 2022, é filiado ao PSD.
Fonte. Gazeta do Povo