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18 de agosto de 2025

Trombofilia adquirida: entenda condição que pode dificultar a gravidez

Trombofilia adquirida: entenda condição que pode dificultar a gravidez

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A trombofilia é uma pré-disposição ao desenvolvimento de coágulos sanguíneos, que podem levar à obstrução de veias e artérias a popular trombose.

A doença é dividida em dois tipos principais, como explica o médico hematologista Philip Bachour, do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

“A hereditária, que é passada de pais para filhos por meio dos genes, e a adquirida, que surge ao longo da vida por conta de fatores externos, como doenças e outras situações de saúde”, resume.

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Entre as principais causas estão a síndrome do anticorpo antifosfolípide (doença autoimune que provoca trombose), alguns tipos de câncer (principalmente os chamados adenocarcinomas), lúpus e infecções duradouras, como HIV, hepatite C e tuberculose.

“A condição também pode ser causada pelo uso de hormônios, cirurgias ou traumas grandes, ficar muito tempo imobilizado, doenças nos rins e algumas alterações no sangue que aumentam a produção de células. É importante lembrar que é uma doença multifatorial e cada caso deve ser avaliado individualmente”, pontua Bachour.

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Qual a relação entre a gestação e a trombofilia adquirida?

A gravidez por si só já faz com que o sangue fique mais propenso à formação de coágulos, como uma forma natural do corpo se proteger contra sangramentos.

“Em mulheres com trombofilia adquirida, especialmente com a síndrome do anticorpo antifosfolípide, os riscos aumentam bastante. É importante lembrar que essa condição pode ter várias causas diferentes e que cada pessoa deve ser avaliada de forma individual”, reforça o médico.

A trombofilia muitas vezes não mostra sinais até que aconteça uma trombose, cujos sintomas podem variar de acordo com a parte do corpo afetada.

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“Nas pernas, causa dor e inchaço. No pulmão, a pessoa sente falta de ar e dor no peito. Em artérias, o que é mais raro, pode causar derrame ou falta de circulação em partes do corpo”, detalha o hematologista.

Em mulheres grávidas, o problema pode gerar abortos ou pré-eclâmpsia. O ideal é sempre procurar um médico hematologista, que é o especialista nesse tipo de problema, para fazer os exames corretos e definir se é preciso fazer algum tipo de prevenção ou tratamento.

O tratamento e a prevenção na gravidez consiste na utilização do ácido acetilsalicílico (AAS), além das heparinas, de acordo com o Ministério da Saúde.

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Fonte.:Saúde Abril

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