7:14 AM
16 de agosto de 2025

Hipervitaminose D: quando o excesso do nutriente prejudica o corpo

Hipervitaminose D: quando o excesso do nutriente prejudica o corpo

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Segundo o senso comum, tomar vitaminas é uma boa pedida para a sua saúde. Mas esse nem sempre é o caso: mesmo que elas sejam fundamentais para o bom funcionamento do corpo, o excesso – conhecido como hipervitaminose – também faz mal.

Um dos casos mais comuns é a hipervitaminose D, quando há uma quantidade muito elevada de vitamina D no organismo.

Famosa pelos quadros de deficiência, a vitamina D caiu na boca do povo e se tornou um alvo de suplementações que muitas vezes são feitas sem necessidade nem indicação médica, ou em doses muito acima do que seria receitado para o seu caso.

Conheça mais sobre a hipervitaminose D e por que você não deve tomar o micronutriente por conta própria.

+Leia também: Quem precisa tomar vitamina D? Diretriz atualiza recomendações

Quais os sintomas do excesso de vitamina D?

Quando é consumida em níveis acima do necessário para o organismo, a vitamina D começa a se acumular no corpo. Isso ocorre porque ela é considerada uma vitamina lipossolúvel, ou seja, é armazenada no tecido adiposo e no fígado, diferente das hidrossolúveis (como a vitamina C), que podem ser eliminadas pela urina.

Conforme esse armazenamento se torna excessivo, o quadro avança para a chamada hipervitaminose D, com sintomas que incluem:

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  • Fadiga excessiva (tanto física quanto mental)
  • Náusea e vômitos
  • Perda de apetite
  • Alterações de pressão arterial

Estudos populacionais mostram que, a longo prazo, a hipervitaminose D não tratada pode levar a uma maior mortalidade. Como os sintomas muitas vezes são inespecíficos, a suspeita costuma surgir a partir dos sinais clínicos e do histórico de suplementação do paciente, com a realização de um exame de sangue para confirmar os níveis excessivos da vitamina.

Para que serve a vitamina D

A vitamina D é importante para a absorção de cálcio e fósforo. Por isso, ela está muito associada à formação dos ossos, com as principais indicações ocorrendo quando há formação dessas estruturas (durante o crescimento ou na gravidez) ou quando elas estão se enfraquecendo, como ocorre com idosos, diante da osteopenia e osteoporose.

Níveis adequados desse nutriente, de modo geral, também contribuem para a saúde como um todo, sendo importantes para manter o sistema imunológico funcionando, reduzir os riscos de desenvolver doenças crônicas e sustentar o bem-estar físico e mental.

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Apesar da importância, a suplementação de vitamina D não é para todo mundo, e só deve ser indicada após avaliações criteriosas de cada caso, justamente pelo risco de hipervitaminose.

Outras hipervitaminoses

Todas as vitaminas lipossolúveis a lista também inclui a A, a E e a K podem levar a um quadro de hipervitaminose. Alguns sintomas inespecíficos como fadiga ou náuseas podem se repetir independentemente do tipo de vitamina, mas também há riscos mais característicos de acordo com os sistemas que se relacionam com a função daquele micronutriente no organismo.

A vitamina A, por exemplo, é associada a uma boa saúde ocular, mas sua hipervitaminose pode causar sintomas como visão turva. A vitamina K é responsável pela coagulação sanguínea, mas seu excesso pode aumentar o risco de trombose. Já a vitamina E pode aumentar os riscos de sangramentos.

Os sintomas específicos, no entanto, variam muito de acordo com outros fatores de saúde de cada pessoa. Por isso, caso algo não vá bem com o corpo, é importante conhecer o histórico clínico e de suplementação daquele indivíduo, de modo a realizar testes mais precisos para verificar qual vitamina pode estar por trás dos problemas.

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Fonte.:Saúde Abril

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