9:27 PM
14 de agosto de 2025

Manuela d’Ávila associa Bolsonaro à adultização e sofre restrição no Instagram

Manuela d’Ávila associa Bolsonaro à adultização e sofre restrição no Instagram

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O perfil de Manuela d’Ávila no Instagram foi alvo de restrições determinadas pela Meta, nesta quinta-feira após a ex-deputada associar a adultização infantil nas redes sociais ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e à “extrema direita”. A discussão sobre o combate à exploração de menores nas plataformas digitais ganhou força após um vídeo de denúncia produzido pelo pelo youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, viralizar.

“A minha conta no Instagram acaba de receber diversas punições por termos trazido o debate sobre a adultização das infâncias, vinculando-o às práticas da extrema-direita no Brasil. Todos nós nos lembramos quando Jair Bolsonaro disse que ‘pintou um clima’. Quando associamos a pedofilia e a adultização das infâncias a Bolsonaro, recebemos proibições da Meta”, disse Manuela em um reels no Facebook.

No post que gerou a punição, a ex-deputada afirma que “quem quer proteger as nossas crianças precisa enfrentar a extrema direita” e associou o problema ao ex-mandatário. “É preciso proteger as infâncias, é preciso garantir que as nossas meninas e meninos estejam protegidos. Para isso, é preciso enfrentar aqueles que apertam as mãos dos que violam as infâncias enquanto acenam com as cortinas de fumaça das fake news”, afirmou.

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Manuela, que defende a regulação das redes sociais, foi proibida de fazer transmissões ao vivo e criar anúncios em seu perfil. A plataforma entendeu o conteúdo publicado por ela como “exploração sexual” e determinou restrições por “medida de segurança”. 

“Ora, o conteúdo remete à exploração sexual porque dá nome aos bois, porque diz quem no Brasil defende tais práticas, porque mostra que enquanto faz discurso de proteção das infâncias com fake news, do outro lado diz que ‘pintou um clima’ e aperta as mãos das plataformas para não regularem redes. Aqui não. É preciso regular as redes para que as infâncias não sejam adultizadas, senão é discurso da boca para fora”, destacou após a restrição.

A ex-parlamentar recorreu e conseguiu reverter o que classificou como “punições injustas” e acusou as big techs de estarem vinculadas à “extrema direita”. “É uma vitória da nossa mobilização. Obrigada pela solidariedade e compromisso. Mas é também um aviso claro sobre o que nos espera daqui até às eleições de 2026. Muita coisa mudou desde os processos eleitorais de 2018 e 2022. Os vínculos das big techs com a extrema direita são cada vez mais claros”, disse.

Esquerda reclamou de punição a perfil de Bloqueio de perfil de Jones Manoel

Na semana passada, personalidades da esquerda brasileira apontaram censura por parte da Meta após a derrubada das contas do Instagram e do Facebook do militante e ex-candidato pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), Jones Manoel. Ele apontou que a punição poderia ter “motivações políticas”, sobretudo por sua visão crítica ao presidente ados Estados Unidos, Donald Trump, “e o papel das big techs na política brasileira”.

A ministra das Relações institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que “as plataformas decidem quem pode ou não pode falar, mas acusam de censura qualquer proposta de lei ou decisão judicial para regulamentar sua atuação”. Dias após o bloqueio, Jones recuperou os perfis.



Fonte. Gazeta do Povo

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