Só se fala em canetas emagrecedoras ultimamente. Semaglutida e tirzepatida — mais conhecidas como Ozempic, Wegovy e Mounjaro — ganharam popularidade por seus efeitos significativos na perda de peso e viraram um dos tratamentos mais buscados para a obesidade.
Mas, afinal, como deve ser feito o uso destes medicamentos? E quais são os efeitos, negativos e positivos, que promovem no organismo para além da questão do peso em si?
Esse é o tema do novo episódio do podcast Olhar da Saúde, com a endocrinologista Andressa Heimbecher, da Santa Casa de São Paulo.
Entre os assuntos discutidos, a médica explica sobre a ação destes medicamentos no cérebro. “Nosso corpo sempre vai defender nosso percentual de gordura máxima. Existe uma região no cérebro, chamada hipotálamo, que controla a fome, e os neurônios que fazem essa função ficam desregulados com a obesidade”, diz a médica.
Ela faz uma analogia da fome da pessoa com obesidade como um cômodo que fica com o teto mais alto. “Essas novas medicações fazem com que a gente traga um teto um pouco mais para baixo. É como um balão que eu seguro longe do teto máximo de peso”.
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Ela explica também as mudanças mais recentes no diagnóstico da obesidade, indo além da balança e do cálculo do índice de massa corpórea (IMC). “É preciso usar a fita métrica. Medidas de abdômen, cintura, quadril são importantes para entender como está a distribuição de gordura do paciente“.
O programa discute ainda a questão da perda de massa muscular associada ao emagrecimento trazido pelos medicamentos, e avanços terapêuticos nesse sentido, como o bimagrumabe, molécula ainda em estudos que promete combinar o efeito de perda de peso ao ganho de músculos.
Clique aqui para assistir ao episódio. Ou, se preferir, escute no Spotify:
O podcast Olhar da Saúde é apresentado por Carlos Eduardo Barra Couri, endocrinologista e fundador do portal Olhar da Saúde, e Chloé Pinheiro, editora do site de VEJA SAÚDE.
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Fonte.:Saúde Abril