Perder os sentidos pode parecer algo rápido e inofensivo, comum em dias de calor, longos períodos sem comer ou momentos de forte emoção.
No entanto, quando o episódio se repete ou surge sem motivo aparente, é preciso atenção, pois pode estar relacionado a problemas cardíacos, neurológicos ou metabólicos.
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O que é um desmaio e quem está em risco?
O desmaio, conhecido no meio médico como síncope, é a perda súbita e temporária da consciência, causada por uma queda momentânea no fluxo de sangue para o cérebro. Geralmente dura apenas alguns segundos ou minutos e, na maior parte dos casos, a recuperação é espontânea.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia informa que cerca de 40% da população pode ter pelo menos um episódio de desmaio ao longo da vida, com risco de recorrência de até 30% em um ano.
Em situações como calor excessivo, jejum prolongado ou estresse intenso, a síncope costuma não representar risco. O cuidado deve aumentar quando ocorre repetidamente, de forma inesperada ou acompanhada de outros sintomas.
Principais causas
Entre os fatores que podem levar à síncope estão:
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- Queda temporária da pressão arterial;
- Síncope vasovagal (gatilho emocional ou físico, como dor intensa);
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- Desidratação ou exposição prolongada ao calor;
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- Uso de certos medicamentos;
- Situações de forte emoção, como medo, ansiedade ou susto.
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Sinais de alerta para procurar um médico
Alguns sinais indicam que o desmaio pode ter uma origem mais grave e que é necessário procurar atendimento médico:
- Dor no peito ou palpitações antes ou após o episódio;
- Desmaio durante atividade física;
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- Quedas frequentes e sem motivo aparente;
- Alterações neurológicas, como dificuldade para falar ou fraqueza em um lado do corpo.
Esses sintomas podem estar associados a arritmias cardíacas, distúrbios neurológicos ou alterações metabólicas.
O que fazer em caso de desmaio?
Ao presenciar um episódio de desmaio, é importante:
- Verificar a consciência e a respiração da pessoa;
- Deitá-la de costas e elevar as pernas para facilitar o retorno do sangue ao cérebro;
- Afrouxar roupas apertadas e garantir boa ventilação;
- Não oferecer líquidos ou alimentos até que a pessoa esteja totalmente recuperada;
- Ligar para o SAMU (192) se houver sinais de gravidade, demora para recobrar a consciência ou se for o primeiro episódio.
Quais exames podem ser necessários?
Após um desmaio, o médico poderá solicitar exames como:
- Holter (monitoramento contínuo do ritmo cardíaco);
- Tilt Test (avaliação de respostas de pressão e frequência cardíaca);
- Implante de monitor de eventos;
- Estudo eletrofisiológico.
Conclusão
Nem todo desmaio é motivo de preocupação, mas também não deve ser ignorado quando se repete ou vem acompanhado de sinais de alerta. O corpo se manifesta e ouvir esses sinais pode fazer toda a diferença.
Ao notar algo fora do normal, busque orientação médica.
* Leandro Zimerman é coordenador do Núcleo de Arritmia e Eletrofisiologia do Hospital Moinhos de Vento
(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)
Fonte.:Saúde Abril