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21 de agosto de 2025

Prefeito anuncia demissão em massa dos servidores e garante que não haverá atrasos salariais

Prefeito anuncia demissão em massa dos servidores e garante que não haverá atrasos salariais

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Em meio a uma crise financeira que ainda aperta os cofres públicos da capital, o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), revelou que precisará tomar medidas duras: “Teremos decisões difíceis para tomar agora no começo do segundo semestre”, afirmou. A meta anunciada: reduzir cerca de R$ 90 milhões em despesas até o final do ano.

A gestão de Abilio Brunini enfrenta um cenário delicado em Cuiabá em 2025, com uma sequência de medidas de austeridade em diferentes fases do ano. As reduções de cargos comissionados, encerramento de contratos supérfluos, e um plano de demissões no segundo semestre — aliados à cobrança de grandes geradores de lixo — fazem parte de uma estratégia emergente para fechar o ano sem elevar ainda mais o endividamento da prefeitura.

“Eu preciso no segundo semestre, reduzir a despesa do município, senão a gente não consegue chegar no final  do ano. A gente precisa reduzir em torno de R$ 90 milhões” declarou.

Questionado se para além das economias existiria a possibilidade de também cortar pessoal, de pronto o gestor respondeu: “Sim, existe. Eu já pedi o levantamento, eu não sei dizer quanto”.

Por outro lado, ele garantiu que mesmo que não consiga reduzir os custos em R$ 90 milhões, os servidores municipais não serão prejudicados com atrasos salariais, como ocorreu em gestões passadas, situação lembrada pelo prefeito.

Segundo ele, desde o início da gestão, elaborou planejamento detalhado para evitar que isso ocorresse.  “Atraso de salário não, porque isso a gente já deixou empenhado. O salário é diferente, você empenha no início do ano, faz um planejamento e deixa os recursos separados, não aconteceu no passado, mas a gente faz isso”, explicou.

Abilio destacou, no entanto, que será inevitável reduzir gastos em outras áreas da administração municipal. Ele mencionou que a prefeitura precisa cortar despesas com fornecedores, uma vez que imprevistos pressionaram as finanças. Entre os exemplos citados, lembrou o bloqueio de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) pela CS Mobi e o peso dos precatórios.

Entre as áreas com sobrecarga orçamentária, destacam-se a Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb) e a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras. Brunini explicou que o corte deverá começar pela Limpurb “primeiro para depois cortar na Obras quando se aproximar do final do ano”.

Além dos cortes na estrutura administrativa, o prefeito deixou claro que pretende ampliar a arrecadação. Para arrecadar recursos, Abilio pretende intensificar a cobrança de lixo de grandes geradores, uma vez que já existe legislação em vigor que permite a cobrança.

Apesar do aperto orçamentário, Abilio garantiu que os salários dos servidores municipais não correm risco de atraso: “Não existe essa possibilidade, pois o recurso destinado aos salários já está reservado”.

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Segundo o prefeito, a crise fiscal de Cuiabá se intensificou com uma série de fatores: bloqueio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) determinado pelo STF em favor da Concessionária CS Mobi, o alto volume de precatórios (cerca de R$ 150 milhões) e o custo estimado de R$ 200 milhões com o transporte público. “Mais de R$ 200 mil”.  “Se a gente não cortar, a gente vai ter um efeito colateral de dificuldade no final do ano”, resumiu, alertando que essas iniciativas são essenciais para evitar um colapso das finanças municipais.

Em 2025, a gestão deverá desembolsar R$ 150 milhões em dívidas judiciais, embora apenas R$ 25 milhões tivessem sido empenhados anteriormente.





Fonte.: MT MAIS

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