Filial de um endereço de Londres, o Starlane São Paulo chegou para fazer barulho. Não à toa, possui no salão principal cabine de DJ e caixas acústicas projetadas especialmente para o lugar — o som surge alto, mas sem cobrir tanto as conversas. Divulgada para clientes que se inscrevem numa lista, a programação é sobretudo da música eletrônica. Se o astral de bar atrai a galera dos 30 e 40 e poucos, a frequência das sextas e sábados às vezes fica mais jovial, o volume dos beats aumenta e o salão perde algumas mesas para se tornar mais dançante. Aberto em maio, o Starlane ocupa um casarão térreo com jardim, quintal e sala-pista com tacos no chão. A sensação é de se estar numa festa caseira. Do forno movido a gás, saem pizzas individuais, com bordas altas, base fina e uma quantidade um tanto mais generosa de coberturas. Surgem combinações como a drum n’ bass (molho de tomate, salame picante, muçarela fior di latte, gorgonzola, cebola-roxa e um fio de mel; R$ 78,00). O cardápio, construído pelo chef consultor Thiago Cerqueira, inclui ainda pedidas como o crudo de atum (R$ 72,00), temperado com ponzu, raspas de limão-siciliano, pimentas jalapeño e togarashi mais flor de sal, que poderia vir em menor quantidade. A carta de coquetéis também foi pensada para diferentes paladares. Os fãs de old fashioned encontram a variação cujo nome é de antaño (rum envelhecido, bourbon, jerez pedro ximénez, bitters de cacau e de laranja; R$ 63,00). Foi difícil de encarar o pizzicato (vodca com infusão de massa de pizza, limão-taiti, jerez fino, manjericão, curaçau e xarope de açúcar; R$ 47,00), que apareceu com baixo dulçor e sensação de álcool exponencial. Mas nada que tenha assustado o público, que costuma se aglomerar em fila na entrada do imóvel.

Informações checadas em agosto de 2025.