11:40 AM
4 de setembro de 2025

Dá para se apaixonar por IA? Há formas degradantes de amor, diz Dunker

Dá para se apaixonar por IA? Há formas degradantes de amor, diz Dunker

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Uma pesquisa recente da Reviews.org mostrou que os americanos checam o celular, em média, 205 vezes por dia. Para muita gente, o aparelho já virou quase uma “extensão do corpo”, não só pelo uso exagerado, mas também porque está ligado a uma sensação imediata de satisfação. É o que defende o psicanalista Christian Dunker.

Em entrevista ao Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, ele lembrou que o “corpo tem a ver com prazer e desprazer”. Para Dunker, a necessidade de estar o tempo todo grudado na tela mostra como o excesso de uso “nos torna incapazes de suportar a frustração”.

Terapia com IA é como refrigerante, diz Dunker: ‘você bebe e só sente sede’

No início do século 20, a teoria behaviorista mostrou como uma sequência de reforços pode moldar o comportamento humano. Essa lógica lembra muito a dinâmica das máquinas: quanto mais uma IA aprende, mais se comporta de acordo com esses aprendizados. As inteligências artificiais conversacionais, ou os famosos chatbots, seguem esse mesmo caminho.

Em entrevista ao Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Christian Dunker ressaltou que, embora muita gente hoje recorra à terapia com a IA, elas ainda não podem oferecer algo fundamental num bom processo de análise: a capacidade humana de discordar.

Até agora as respostas que IA dá são quase sempre afirmativas: você está certo, vai aos poucos? Ela não faz perguntas boas, e devolve mais ou menos o que você espera ouvir
Christian Dunker, psicanalista





Fonte.:UOL Tecnologia.:

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