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10 de setembro de 2025

Bortoleto revela ‘lado’ da F1 que o surpreendeu em ano de estreia

Bortoleto revela ‘lado’ da F1 que o surpreendeu em ano de estreia

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Em seu ano de estreia na Fórmula 1, Gabriel Bortoleto precisou se adaptar a uma realidade muito diferente daquela que se acostumou nas temporadas que viveu nas categorias de base. Agora, fazendo um balanço de 2025 para o podcast oficial da categoria, o Beyond the Grid, o brasileiro revelou qual ‘lado’ da principal categoria do automobilismo mundial ele ainda não está 100% acostumado.

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Bortoleto chegou à F1 em 2025 após uma ascensão meteórica pelas categorias de base. Sua transição do kart para os monopostos ocorreu em 2020, correndo na F4 Italiana. Já no ano seguinte, foi para a FRECA, onde permaneceu por dois anos. Depois, o brasileiro se destacou com os títulos na F3 e na F2 nas temporadas de estreia, garantindo a vaga na principal categoria do automobilismo mundial.

Em entrevista ao jornalista Tom Clarkson, Bortoleto destacou o tamanho do choque que sofreu com a rápida transição do ambiente das categorias de base para a F1.

“Nas cinco primeiras corridas, foi mais entender o tamanho de um final de semana de corrida e a quantidade de compromissos que temos, a sequência de treinos livres e como são os horários com os engenheiros. Mesmo depois disso, ainda estou me acostumando, não estou 100% ainda”.

Quando questionado sobre o que mais lhe surpreendeu nesse novo mundo, o brasileiro respondeu: “A quantidade de compromissos com a imprensa que temos às quintas. É esse ponto, para ser honesto. É algo grande, porque sempre falamos disso, não como algo negativo, mas sim como uma coisa diferente”.

“Na F2 e na F3, você basicamente tem um pouco de atividades [com a imprensa]. Mas é, no máximo, uma hora na quinta-feira e depois você passa o dia todo estudando e analisando as coisas com os engenheiros, em preparação para o fim de semana. Na F1, você passa toda a quinta-feira falando com a imprensa, dando entrevistas, trabalhando com os patrocinadores e mais”.

“Isso te obriga a calcular muito bem seu tempo, guardando energia para o fim de semana, e ainda ter tempo na quinta para se preparar com os engenheiros e tudo mais. Então eu diria que isso é muito diferente, porque preparação é chave aqui na F1”.

Mas, apesar dos compromissos extenuantes, é possível usar a mídia a seu favor? E isso implica em sempre estar consciente do que é preciso fazer ou falar nas entrevistas? Bortoleto vê isso como um fator importante.

“E isso não é apenas para mim. Não quero dizer apenas as coisas que vem à minha mente de forma imediata, porque há muitas pessoas assistindo nossas entrevistas. Várias crianças também. Então é preciso ter cuidado com o que se fala. Eu sempre serei transparente sobre quem eu sou, não serei alguém falso. É assim que eu sou”.

“É como eu sempre agi, na frente das câmeras e por trás delas também. Mas claro, é preciso ter cuidado, porque de vez em quando algumas perguntas aparecem e você quer dar uma resposta que talvez não seja a que sua equipe queira, e é assim que as coisas são. É preciso sempre pensar nisso”.

Clarkson relembrou uma entrevista recente de Lando Norris ao Beyond the Grid onde o atual vice-líder do Mundial disse que, na F1, pilotar é o lado fácil, mas que todo o resto é complicado, perguntando se Bortoleto concordava com o piloto da McLaren.

“Depende. Eu sei que na McLaren eles têm muitas atividades com a imprensa, e eu já disse isso a Lando várias vezes. Eu tiro o chapéu para eles, e eu estou várias vezes com Lando e ele solta coisas como ‘amanhã tenho que voar para o Reino Unido fazer isso, depois tenho que ir para os EUA’. E eu fico ‘cara, isso é muito doido’. Eles têm muitos patrocinadores e coisas para fazer”.

“Por sorte, nós também temos muitos patrocinadores, mas temos uma forma diferente de fazer as coisas. E sim, não tenho uma programação conturbada com os patrocinadores, mas estou fazendo coisas com a equipe”.

“São timings diferentes. Mas eu não diria que pilotar é a parte fácil. Isso eu posso garantir para vocês. É muito difícil extrair 100% [de performance] desses carros, mas definitivamente há muitas coisas que podem afetar sua pilotagem se você não estiver focado e se você não guardar sua energia”.

Na sequência, o brasileiro deu seu veredito sobre como é pilotar o carro da atual geração, introduzido em 2022, e que será substituído no próximo ano.

“É definitivamente um carro complicado, para ser honesto. Essa geração de carros da F1 é complicada. São carros muito sensíveis, ao vento, às condições de pista e o resto. Com sorte, eu consegui me adaptar neste ano rapidamente aos carros, como eu me sinto com eles, e como eu posso força-los”.

“Mas, como eu disse, alguns grandes pilotos estão sofrendo um pouco. Mesmo comigo achando que Lewis não está fazendo um trabalho ruim, todos esperam muito dele por ele ser um heptacampeão mundial. Mas se você olhar para Zandvoort, por exemplo, ele esteve muito próximo de seu companheiro de equipe na classificação. Ele ficou a menos de meio décimo. E Charles é um piloto muito rápido, sabemos o que ele é capaz de fazer nas classificações”.

Ouça versão áudio do PODCAST MOTORSPORT.COM:

 

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Fonte. Motorsport – UOL

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