SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após o início do julgamento dos policiais militares envolvidos no assassinato de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, que delatou integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), três agentes foram soltos e vão responder ao processo em liberdade.
Em audiência realizada na quarta-feira (10), o Conselho Permanente de Justiça, órgão do Tribunal de Justiça Militar de SP, analisou os pedidos de revogação de prisão preventiva de 15 agentes, e decidiu pela soltura do tenente Thiago Maschion Angelim da Silva e dos soldados Abraão Pereira Santana e Julio Cesar Scarlett Barbini.
A reportagem não localizou as defesas dos policiais militares. “A ação penal tem como réus 15 policiais militares, acusados dos crimes de falsidade ideológica e de promoção, constituição, financiamento ou integração de organização criminosa”, afirmou, em nota, o TJM.
Em maio, 18 PMs foram denunciados na Justiça Militar por crimes relacionados ao caso, enquanto outro processo corre na Justiça comum. Três PMs foram denunciados por executar o assassinato, e outros catorze por trabalhar na escolta pessoal de Gritzbach. O trabalho como escolta, embora considerado comum na corporação, é uma transgressão disciplinar na PM. Além desses, um agente foi indiciado por falsidade ideológica e prevaricação.
Na audiência de quarta, foram ouvidas cinco testemunhas da acusação, duas delas sob proteção. Agora, o julgamento na Justiça Militar segue com a apresentação das testemunhas das defesas.
RELEMBRE O CASO
Segundo investigação da Polícia Civil, Gritzbach foi morto pelo trio de PMs por ordem de Emílio Carlos Gongorra de Castilho, 44, conhecido como Cigarreira. Ele teria ligação com o PCC e teria encomendado o assassinato em resposta à morte de Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, e do motorista dele, Antônio Corona Neto, 33, o Sem Sangue, em 2021.
Gritzbach era o principal suspeito da morte de Cara Preta num inquérito aberto pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), da Polícia Civil de SP, naquele ano. Ele negava participação no assassinato e afirmava ser vítima de um conluio entre policiais e integrantes do PCC para incriminá-lo.
Fonte. .Noticias ao Minuto