SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A USP (Universidade de São Paulo) entrará com uma ação civil contra a União Conservadora, grupo que invadiu e causou tumulto na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) oito vezes neste ano.
O anúncio foi feito pelo diretor da faculdade, Adrián Fanjul. Além disso, a instituição deve reforçar a segurança da Cidade Universitária para evitar novos problemas.
À reportagem, a União Conservadora também disse que irá processar a USP e seus alunos.
Eles afirmam terem sido agredidos por estudantes em sua última visita à FFLCH, na sexta-feira (8), quando um estudante foi mordido e um militante foi expulso a socos e chutes.
O presidente da associação, Mario Fortes, disse ainda que deve usar o episódio para aprovar uma lei que exija exames toxicológicos nas universidades estaduais de São Paulo.
Ele afirma que, por enquanto, seu grupo não pretende mais invadir a universidade. Segundo ele, não há segurança para isso.
A reitoria da USP, comandada por Gilberto Carlotti, disse que a convivência em seus campi tem sido marcada pela harmonia entre a comunidade acadêmica e o público externo, em um ambiente de interações pacíficas e respeitosas.
“Em descompasso com esse padrão de convivência, a reitoria vê com preocupação os recentes episódios ocorridos na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas contra a segurança de alunos, docentes, servidores e demais usuários do campus, a exemplo do mais recente deles, observado no último dia 5 de setembro”.
A gestão disse tem informado à FFLCH que está à disposição para colaborar com medidas de reforço da segurança nos espaços universitários e, ao mesmo tempo, comunicou os órgãos de segurança pública do estado, a fim de garantir a apuração rigorosa dos fatos e a responsabilização dos envolvidos.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) informa ter recebido o ofício da USP e que adotará as providências cabíveis junto às polícias Civil e Militar.
“Na última sexta-feira (5), foi registrado boletim de ocorrência por lesão corporal e vias de fato, encaminhado ao 93º Distrito Policial (Jaguaré), responsável pela área. As vítimas serão intimadas nos próximos dias para prestar depoimento e, caso manifestem o desejo de representar criminalmente, será instaurado inquérito policial”, diz a pasta.
Fonte. .Noticias ao Minuto