CUIABÁ, MT (FOLHAPRESS) – O tenente-coronel Alexandre José Dall Acqua, da Polícia Militar de Mato Grosso, foi preso na última segunda-feira (8) suspeito de estuprar uma estagiária que trabalhava no Comando da Polícia Militar de Juína (a 729 Km de Cuiabá).
Como a Folha de S.Paulo publicou, ele foi exonerado do cargo de comandante de Juína no dia 12 de agosto, após abertura de uma investigação na Corregedoria da PM de Mato Grosso.
Ele se apresentou à 11ª Vara Criminal da Justiça Militar da Comarca de Cuiabá e foi preso. Segundo o advogado do militar, Geraldo Silva Bahia Filho, o tenente-coronel está convicto de sua inocência.
“A inocência do meu cliente será comprovada por meio de fatos e pelas palavras das testemunhas, como a responsável pelo controle de acesso do estabelecimento, no qual uma das vítimas afirma ter sofrido um abuso, que afirma categoricamente que, além de o local ser trancado no período noturno, o acusado lá não esteve na data dos fatos”, diz trecho da nota da defesa. “Essa versão reforça a linha defensiva de que não há qualquer vínculo entre o policial e os acontecimentos apurados.”
A Corregedoria abriu investigação contra o militar após receber denúncia por meio do sistema “Fala Cidadão”.
O crime, segundo a denúncia, ocorreu no dia 19 de fevereiro de 2024, quando ele assumiu como novo comandante local.
Um dos trechos da acusação narra que, em setembro de 2024, após o estupro que teria ocorrido no local, o militar puxou a vítima pelo braço e exigiu que ela saísse com ele. Ainda conforme a denúncia, a situação foi apaziguada apenas com a intervenção de outros policiais.
Procurada, a vítima disse que prefere não comentar o caso neste momento e que vai aguardar a conclusão do inquérito.
A investigação também cita que o militar é acusado de assediar uma policial civil do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), formado por policiais civis e militares para a proteção da fronteira Brasil-Bolívia em Mato Grosso.
Além disso, uma servidora da Prefeitura de Juína também afirma ter sido vítima do tenente-coronel. A portaria de abertura do inquérito ainda cita que foram registradas vítimas na cidade de Aripuanã (a 1.197 km de Cuiabá), município que estava sob a área de influência do 8º Comando Regional, chefiado por Alexandre Dall Acqua.
Por meio de nota, a PM de Mato Grosso disse que o caso segue sob sigilo e que presta auxílio emocional e psicológico às vítimas e familiares. “A PM não coaduna com nenhum tipo de crime ou atividade ilícita por parte de seus integrantes”, diz trecho do comunicado.

O FBI exibiu esta quinta-feira (11), um vídeo do suspeito de ter atirado e assassinado o ativista conservador Charlie Kirk no campus da Universidade de Utah na quarta-feira
Notícias ao Minuto | 06:00 – 12/09/2025
Fonte. .Noticias ao Minuto