Uma moda perigosíssima está viralizando mundo afora: as pessoas estão deixando de usar protetor solar e abusando das horas de sol para se bronzearem ao máximo. É o chamado “tan maxxing” (algo como “maximizando o bronzeado”).

O que pode parecer apenas uma escolha estética, no entanto, coloca a saúde em risco, inclusive aumentando o risco de câncer de pele devido à agressão dos raios solares.

“Isso é um perigo”, alerta o dermatologista Thales Bretas, do Rio de Janeiro. “Porque a gente sabe, por muitos artigos e estudos, que os raios ultravioletas são os principais causadores de câncer de pele, e ainda aumentam o envelhecimento e causam lesões oculares sérias.”

Por isso, é recomendado o uso diário do protetor solar. Além disso, é preciso evitar ficar exposto ao sol em horários de muita incidência, entre 10h e 16h. A ideia de bronzeado saudável, aliás, é um mito. 

Abaixo, assista às recomendações do médico:

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Como usar o protetor solar

Seguindo orientações internacionais, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomenda que a sejam utilizados, em média, 35 ml de protetor solar para garantir a cobertura de toda a pele. Para facilitar, siga as medidas abaixo:

• uma colher de chá de protetor solar no rosto, no pescoço e na cabeça
• uma colher de chá para a frente do tronco e outra para a parte de trás
• uma colher de chá para cada braço
• uma colher de chá para a parte da frente de cada perna e outra para a parte de trás de cada perna

Caso seja necessário, não hesite em passar mais filtro, até que todo o corpo esteja protegido dos raios solares. Essas quantidades são uma média baseada em diferentes biotipos.

Outras medidas de proteção solar

Além de caprichar no filtro, use roupas apropriadas para encarar o sol. Chapéus protegem o couro cabeludo dos raios ultravioletas e evitam insolação. Óculos escuros também são indispensáveis para salvaguardar os olhos da exposição solar, que pode causar lesões graves à vista e até mesmo melanoma ocular. Melanoma é o tipo mais invasivo e agressivo de câncer de pele.

Hoje em dia também existem roupas com proteção contra os raios UV. Em geral, são feitas com um material que leva dióxido de titânio, componente que forma uma barreira física contra a luz.

Por último, mas não menos importante, vá ao dermatologista regularmente. A recomendação médica é visitá-lo pelo menos uma vez por ano para que o especialista avalie a existência de sinais suspeitos de câncer e outras condições.

O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil e no mundo. Por aqui, ele corresponde a três a cada 10 malignidades. Só em 2025, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que hajam mais de 230 mil novos diagnósticos da doença, entre formas menos invasivas e até das mais agressivas.