Depois de uma cirurgia para remoção de lesões de pele, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com câncer de pele. Segundo a nota da equipe médica do Hospital DF Star, foi detectada presença de carcinoma de células escamosas in situ em duas das oito lesões cutâneas removidas.
Agora, Bolsonaro deve realizar acompanhamento clínico e reavaliação periódica. O câncer de pele não-melanoma é o tipo mais comum de tumor, e costuma ter taxas elevadas de cura.
Quando se trata de câncer de pele, você já deve saber que o inimigo número um é o sol. A exposição crônica à luz ultravioleta é o principal fator de risco. Mas é possível prevenir e diminuir as chances de incidência de câncer de pele com algumas medidas simples – saiba quais a seguir.
+Leia também: Carcinoma in situ: entenda o câncer de pele de Bolsonaro
Como prevenir o carcinoma?
A exposição à luz ultravioleta pode ser causada pelo sol ou por camas de bronzeamento. Por isso, a recomendação é jamais fazer bronzeamento artificial.
Mas a exposição ao sol, moderada, é necessária para a síntese de vitamina D, por exemplo – então, não dá para evitar totalmente o sol, mas é possível prevenir os danos causados pela luz ultravioleta. Utilize protetor solar com, no mínimo, fator 30 de proteção.
Evite ainda se expor ao sol nos horários de pico, entre as 10h e 16h. Outras roupas e acessórios, como chapéus e óculos escuros, são aliados nessa prevenção. Aliás, vale destacar que o protetor solar é necessário mesmo em dias nublados.
É importante saber que os danos do sol são cumulativos: ou seja, a exposição solar excessiva na infância pode resultar em problemas de saúde décadas adiante. Por isso, a prevenção vale para qualquer idade – dos recém-nascidos aos idosos.
Os bebês podem usar protetor solar próprio para a sua idade a partir dos 6 meses de vida. Antes disso, não devem ser expostos diretamente ao sol (diferentemente do que prega o senso comum).
Também têm mais risco de desenvolver câncer de pele pessoas com vitiligo, albinismo, ou pele e olhos claros. Quem usa medicações imunossupressoras pode ter chances aumentadas da doença. Vale também ficar atento ao histórico da doença na família. Nesses casos, reforce os cuidados.
As dicas valem para prevenir qualquer tipo de câncer de pele. O de Bolsonaro está localizado nas células escamosas, que fazem parte da camada mais exterior da pele. Mas há ainda os carcinomas basocelulares e melanocíticos.
Quais os primeiros sinais de problema?
A pele é o maior órgão do corpo, por isso, é fácil deixar alguma manchinha ou sinal passar despercebido. Mas é essencial fazer uma vistoria rotineira no corpo todo: qualquer mancha que coça, descama, sangra ou arde é sinal de alerta.
Nódulos brancos, avermelhados ou castanhos também podem ser perigosos. Fique bem atento, porque esses tumores podem surgir até nas pálpebras e lábios.
Outro indicativo são ferimentos que não cicatrizam em quatro semanas. Atenção redobrada ao rosto, pescoço, colo e orelhas. Como ficam mais expostas ao sol, essas áreas costumam concentrar os tumores de pele.
Outro tipo de carcinoma, que atinge as células basais, pode aparecer a partir das queratoses actínicas: lesões avermelhadas bem frequentes no dorso das mãos, nos braços, ombros, colo, pescoço, rosto e couro cabeludo. Como são pequenas, podem passar despercebidas. Elas são ásperas e podem descamar.
Mas o carcinoma não-melanoma e o melanoma podem afetar qualquer porção da pele. Assim, a dica é consultar um dermatologista caso note qualquer mancha diferente no corpo.
O médico especialista pode avaliar a pinta e acompanhar o crescimento ou mudança de forma da mancha. A remoção da lesão em um estágio inicial – como é o caso de Bolsonaro, que se chama carcinoma in situ – eleva as chances de cura.
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pepe
Fonte.:Saúde Abril