O Ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Cho Hyun, disse nesta sexta-feira (19) que o governo trabalhará para resolver os problemas enfrentados por trabalhadores coreanos com vistos americanos antes de prosseguir com um pacote de investimento de US$ 350 bilhões (R$ 1,9 trilhão) que faz parte de um acordo comercial bilateral.
Suas declarações ocorrem após uma recente operação de imigração dos EUA que resultou na prisão de centenas de trabalhadores sul-coreanos em uma fábrica de baterias da Hyundai Motor no estado da Geórgia.
A maioria dos trabalhadores retornou à Coreia do Sul na semana passada, mas o incidente provocou apelos das empresas por uma nova categoria de visto para facilitar a entrada de trabalhadores coreanos qualificados para ajudar a montar novas fábricas e treinar trabalhadores americanos.
Ainda assim, a política de vistos não era “uma pré-condição” para realizar os investimentos nos EUA em indústrias estratégicas americanas, disse Cho em uma entrevista coletiva em Seul nesta sexta.
Cho disse que esperava que o presidente chinês Xi Jinping participasse da cúpula de líderes no Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), que será sediado pela Coreia do Sul no final de outubro.
Cho, que retornou de uma viagem a Pequim para conversas com o Ministro das Relações Exteriores Wang Yi esta semana, disse que transmitiu uma mensagem sobre a disposição da Coreia do Sul em discutir cooperação cultural com a China nas reuniões da APEC.
A China mantém restrições à importação de conteúdo de entretenimento coreano, como K-pop, há quase uma década em protesto contra a instalação de um escudo antimísseis liderado pelos EUA na Coreia do Sul.
Pequim tem argumentado que o poderoso radar do sistema Terminal High Altitude Area Defense (THAAD) poderia espionar seu espaço aéreo, tensionando as relações entre os países.
Folha Mercado
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Fonte.:Folha de S.Paulo