A carboxiterapia é uma técnica que utiliza microinjeções de gás carbônico (também chamado de dióxido de carbono ou CO2) sob a pele para tratamentos estéticos, em diferentes partes do corpo.

Uma alternativa pouco invasiva utilizada principalmente para aliviar celulites, olheiras e estrias, ela também costuma ser indicada contra a gordura localizada e a alopecia, entre outras situações.

No entanto, não há evidências científicas robustas de que ela de fato ajude com todos esses quadros.

Saiba mais.

Como funciona a carboxiterapia

O procedimento da carboxiterapia é rápido, com sessões que costumam durar de 15 a 30 minutos. Uma agulha fina é colocada na parte do corpo que é alvo do tratamento, fazendo depois a injeção do gás carbônico de uso medicinal nessa área.

Na prática, um tanque contendo dióxido de carbono é acoplado à agulha, que leva o gás até a região que vai ser tratada. A ideia por trás da carboxiterapia é aumentar a circulação sanguínea no local atingido, o que tem sido associado a uma melhora na elasticidade e na pigmentação, trazendo efeitos estéticos positivos de acordo com o foco do tratamento.

A técnica é considerada segura e alguns estudos pelo mundo – com grupos pequenos e em situações específicas – vêm demonstrando que ela realmente pode ajudar em algumas das suas indicações típicas. No entanto, ainda há poucas pesquisas de grande porte e randomizadas capazes de atestar de forma mais robusta sua eficácia, como apontou um trabalho de revisão em 2022.

Indicações e cuidados

A carboxiterapia é considerada geralmente segura e costuma ter bons resultados para minimizar marcas de celulite, estrias e olheiras, e minimizar a alopecia.

As evidências são mais ambíguas no que diz respeito à eliminação da gordura localizada, com pesquisas apontando a recorrência do problema após algum tempo do procedimento.

+Leia também: Celulite tem tratamento? Veja o que realmente funciona contra ela

Mesmo sendo minimamente invasiva, a técnica pode provocar dor local, inchaço e vermelhidão imediatamente após a aplicação do dióxido de carbono. Também existe um risco pequeno de infecções na região. Pessoas com infecções prévias na pele, gestantes ou que sofram com quadros como insuficiência renal, hepática e cardíaca têm contraindicação para o procedimento.

Certifique-se de que a técnica será feita por um profissional habilitado e busque sempre orientação de um médico dermatologista antes de qualquer intervenção estética. Em caso de desconfortos persistentes, dor ou sinais de infecção na área que foi alvo da carboxiterapia, procure imediatamente ajuda médica.