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23 de setembro de 2025

Soldado da PM confessa assassinato de personal e segue preso após audiência de custódia

Soldado da PM confessa assassinato de personal e segue preso após audiência de custódia

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O soldado da Polícia Militar Raylton Duarte Mourão, preso em flagrante por confessar que mandou assassinar a personal trainer Rozeli da Costa Nunes, de 33 anos, teve a prisão temporária de 30 dias mantida após audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (22). A decisão foi proferida pela juíza plantonista após análise dos autos e da gravidade do crime.

A prisão temporária do militar havia sido decretada no último dia 15 de setembro, mas ele só se entregou no domingo (21), quando se apresentou no 1º Batalhão da PM, na Avenida XV de Novembro, em Cuiabá. A esposa dele, Aline Hounz, também teve a prisão decretada, mas segue foragida.

Como se tratava de cumprimento de mandado judicial, o juiz Pierro de Faria Mendes apenas verificou as circunstâncias da detenção e confirmou a legalidade da prisão. A tendência, segundo a Polícia Militar, é de que o soldado permaneça detido em cela especial, por ser policial da ativa.

Na manhã desta segunda-feira (22), Raylton foi levado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde prestou depoimento. Durante o interrogatório, conduzido pelo delegado Edison Pick, ele confessou ser o autor dos disparos que mataram a personal no dia 11 de setembro, em Várzea Grande.

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O militar não soube informar o paradeiro da esposa, e a Polícia Civil também procura pelo piloto da motocicleta que o levou até o local do crime e auxiliou na fuga.  “Trata-se de um crime grave, com fortes indícios de autoria e materialidade. Já temos elementos suficientes que demonstram a dinâmica da execução e, por isso, representamos pela prisão preventiva. O inquérito continua em andamento e vamos aprofundar as diligências para esclarecer todas as circunstâncias do homicídio”, destacou o delegado Edison Pick.

Após o depoimento, foram realizados os procedimentos de praxe, e o militar foi reconduzido ao Batalhão de Força Tática, onde permanece preso à disposição da Justiça.

A defesa do acusado, representada pelo advogado Marciano Xavier, disse que vai recorrer da decisão.  “Nosso cliente tem colaborado com as autoridades desde o primeiro momento. Vamos apresentar provas e argumentos técnicos que demonstram que não houve premeditação. Ele já deu os detalhes para a polícia, respondeu aos questionamentos do delegado e está extremamente arrependido”, declarou.

O advogado também saiu em defesa da esposa do suspeito, que está foragida: “Asseguro a vocês que a esposa dele não tem absolutamente nada a ver com esse fato. Imagina vocês, sob pressão, uma pessoa que nunca passou por isso e o esposo envolvido numa situação dessa. Uma mãe de duas crianças, inclusive uma de três anos de idade. Simplesmente saiu por desespero”, afirmou.

Apesar dos argumentos da defesa, a Justiça manteve a prisão, entendendo que a liberdade do réu poderia comprometer as investigações. A juíza ressaltou a necessidade da custódia diante da repercussão do caso e do fato de o acusado ser militar, o que exige atenção especial à condução do processo.

A Polícia Civil deve concluir o inquérito nos próximos dias e encaminhar ao Ministério Público, que decidirá se oferece denúncia à Justiça.





Fonte.: MT MAIS

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