O fim de semana da McLaren no GP do Azerbaijão de Fórmula 1 não foi o que os líderes do campeonato de construtores esperavam. Embora tivessem a chance de acabar com a disputa pelo título e vencer o campeonato de uma vez por todas, o time de Woking acabou voltando para casa de mãos vazias.

Oscar Piastri pode até ter vivido um de seus piores finais de semana na F1 depois de cometer dois erros fatais na classificação e na corrida, o que o deixou sem nenhum ponto. Lando Norris também não teve muito mais sorte. Embora tenha conseguido evitar os muros do estreito circuito de Baku, uma estratégia ruim no sábado e uma McLaren que não estava à altura do esperado fizeram com que ele cruzasse a linha de chegada em sétimo lugar. 

Assim como Charles Leclerc, Norris passou boa parte da corrida preso em um mini trem de DRS.  Primeiro atrás do monegasco no início da corrida, depois atrás de Yuki Tsunoda no final. O britânico não conseguiu ultrapassar a Ferrari ou a Red Bull. Ao defender o desempenho de seu piloto, o chefe da McLaren, Andrea Stella, explicou o fato, em parte, pela falta de competitividade do MCL39, sendo uma de suas – únicas – deficiências a falta de velocidade máxima. Uma característica crucial em uma pista como Baku.

“Acho que Lando fez uma corrida sólida. Ele pilotou até o limite do potencial do carro. Não acho que nenhum outro piloto no carro de Lando poderia ter feito melhor”, disse Stella. “Esperávamos ter um carro capaz de fazer ultrapassagens, mas a realidade é que o carro não era rápido o suficiente para ficar perto do carro da frente na saída da última curva, de modo que pudesse atacar na reta. Isso fez com que Lando passasse toda a corrida no tráfego, apesar de achar que o carro poderia oferecer mais”. 

Apesar de duas oportunidades de ouro para diminuir a diferença para Oscar Piastri no campeonato, Lando Norris não conseguiu aproveitá-las ao máximo.

Foto de: Pauline Ballet / LAT Images via Getty Images

Em uma posição muito boa com seus pneus médios e visivelmente mais rápido do que Leclerc, Norris optou por estender seu stint para 37 voltas a fim de tentar superar Tsunoda e, potencialmente, Liam Lawson, o que o teria colocado em sexto ou quinto lugar. No final, a parada muito longa do britânico – que durou mais de quatro segundos – fez com que ele saísse atrás de Leclerc. Embora tenha rapidamente levado a melhor sobre a Ferrari, permaneceu preso atrás da Red Bull pelo resto da corrida, incapaz de lançar um ataque. 

“Se há alguma responsabilidade a ser buscada na tentativa de extrair mais pontos, talvez ela recaia mais sobre a equipe, porque com um pit stop mais rápido, poderíamos ter dado a Lando a oportunidade de atacar Lawson”, revelou Stella, enquanto um pit stop melhor não teria, na realidade, realmente permitido que Norris voltasse à pista à frente de Leclerc e Tsunoda.

Com o abandono do companheiro de equipe e rival pelo título de pilotos na primeira volta, o GP do Azerbaijão representou uma grande oportunidade para Norris compensar seu déficit de 31 pontos. No entanto, o piloto só conseguiu marcar seis pontos ao final da 17ª etapa, reduzindo a diferença em relação a Piastri para 25 pontos, faltando sete corridas para o final da temporada.

“Se você olhar apenas pelo prisma do campeonato de pilotos, obviamente foi uma oportunidade de marcar pontos, como talvez pudesse ter sido na classificação“, admitiu Stella, enquanto uma decisão ruim no Q3 deixou Norris em sétimo no grid e Piastri teve que largar em nono depois do acidente.

“Mas, como eu disse, hoje não demos a Lando um carro capaz de subir na classificação. São seis pontos ganhos para Lando, mas não acho que seja tão fácil dizer que poderia ter sido mais, dada a competitividade do carro”, concluiu.

Com Oleg Karpov e Filip Cleeren

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