O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), declarou que acompanha com atenção o processo de leilão do prédio onde hoje funciona o Hospital Estadual Santa Casa. A unidade foi colocada à venda pela Justiça do Trabalho para quitar dívidas trabalhistas que somam R$ 48 milhões.
Após o primeiro leilão, realizado em 28 de agosto, não receber nenhuma proposta, o Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT/MT) reduziu o valor do lance mínimo de R$ 78 milhões para R$ 39 milhões.
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Mesmo com a redução, Abilio acredita que o imóvel deve sofrer nova desvalorização e, somente nesse cenário, a Prefeitura de Cuiabá teria condições de disputar o patrimônio histórico. “Então, está em R$ 39 milhões. Eu acredito que ela deve baixar mais. Acredito que ela não deve alcançar um lance de nenhum ente em R$ 39 milhões. Quando cair na casa de R$ 25 milhões, aí eu acho que abre um espaço de negociação. Essa é a expectativa que todos os poderes estão tendo”, afirmou o prefeito.
Prefeitura aguarda lances do Governo Federal e Estadual
Abilio ressaltou que a Prefeitura só entrará no processo após a manifestação de outros entes federativos. Pela legislação, o Governo Federal e o Governo do Estado possuem prioridade no arremate do imóvel. “Eu acredito que nós temos que aguardar o lance do governo federal, o lance do governo estadual e, só então, sobra pra gente. No momento, nós não estamos no momento de discutir essa opção. Essa discussão está saindo ainda”, disse.
Ainda assim, o prefeito reforçou que o Município está atento e preparado para agir caso o valor caia a um patamar viável para os cofres públicos.“A minha expectativa é que ela caia para R$ 25 milhões ou menos. Chegando em 25 milhões, aí está dentro de um espaço que a Prefeitura pode chegar a ofertar um lance”, completou.
Santa Casa em disputa e o peso das dívidas
O prédio da Santa Casa foi colocado em leilão após a associação filantrópica que administrava a instituição não honrar os compromissos com os servidores, que recorreram à Justiça. As ações trabalhistas resultaram em dívidas acumuladas que ultrapassam R$ 48 milhões.
A primeira tentativa de venda terminou sem interessados. Agora, com a nova avaliação em R$ 39 milhões, o TRT/MT deverá agendar um novo leilão. Caso não haja lances, o valor mínimo pode cair ainda mais, abrindo espaço para que a Prefeitura se posicione e, possivelmente, evite o fechamento de uma das unidades mais tradicionais de saúde da capital.
Fonte.: MT MAIS