SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerra nesta quarta (24) sua viagem por Nova York, e o principal evento do dia, às 11h de Brasília, é a reunião “Democracia Sempre”, que será realizada às margens da Assembleia-Geral da ONU.
A conferência ganhou mais destaque depois de Brasil e aliados decidirem não convidar os EUA, como a Folha de S.Paulo adiantou, em meio à tensão diplomática com Washington por causa das sanções impostas pelo governo de Donald Trump. Os americanos não estarão entre os cerca de 30 convidados por decisão dos organizadores -Brasil, Espanha, Uruguai, Colômbia e Chile. Nações como Alemanha, Canadá, França, México, Noruega, Quênia, Senegal e Timor Leste estão na lista. O secretário-geral da ONU, António Guterres, também deverá ser chamado como representante da União Europeia.
Nesta terça (23), porém, houve uma distensão importante na relação entre Lula e Trump. Logo depois de o líder brasileiro discursar na Assembleia-Geral e enviar vários recados ao americano, falando em defesa da soberania e criticando agressões ao Judiciário nacional, os dois tiveram um breve encontro nos bastidores. Em seguida, em seu discurso, Trump disse que houve “excelente química” entre os dois e que uma nova conversa ocorrerá na semana que vem.
Na parte da tarde, Lula lidera, junto com Guterres, uma reunião que busca dar impulso à entrega de NDCs (a meta de descarbonização que cada país ou grupo se compromete a cumprir). A UE não deve apresentar suas metas em Nova York, o que frustra apelos da COP30, a conferência de clima da ONU que ocorrerá em Belém em novembro.
O cronograma inicial era de que os países oficializassem suas metas em fevereiro, o que foi cumprido por uma parcela pequena de nações -entre elas o Brasil. Há a expectativa de que a delegação brasileira presente em Nova York entregue um sumário executivo do que o país está fazendo na preparação da COP30.
Por fim, Lula deve conceder entrevista coletiva para jornalistas brasileiros e estrangeiros. A partida de Nova York está prevista por volta das 18h de Brasília.

Haddad chamou Trump de “companheiro” após o ex-presidente dos EUA dizer ter química com Lula. O ministro ironizou tarifas sobre produtos brasileiros e destacou avanços nas relações internacionais. Ele também defendeu a reforma tributária e a taxação dos mais ricos para compensar a ampliação da isenção do IR
Folhapress | 07:40 – 24/09/2025
Fonte. :. Noticias ao minuto