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6 de outubro de 2025

Laudo preliminar da Politec descarta morte por estupro; delegado aponta que lesões íntimas na criança não são recentes

Laudo preliminar da Politec descarta morte por estupro; delegado aponta que lesões íntimas na criança não são recentes

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A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá investiga a morte de uma menina de 3 anos que deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Pascoal Ramos, na tarde de quarta-feira (24), com sintomas de desconforto respiratório e suspeita de pneumonia.

A criança chegou à unidade por volta das 13h10 e, mesmo após tentativas de reanimação, teve o óbito confirmado às 16h11. Durante o atendimento, profissionais de saúde identificaram sinais de violência sexual e comunicaram imediatamente a Polícia Civil.

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Declarações do delegado

Segundo o delegado Edison Pick, responsável pelo caso, os indícios de abuso foram detectados ainda nos procedimentos de emergência. “Durante o atendimento, a equipe conseguiu visualizar sinais de violência sexual. A criança deu entrada, mas veio a óbito durante os procedimentos. Por isso a DHPP foi acionada. Agora, estamos apurando qual foi a causa da morte e como ela foi parar na UPA”, explicou.

O delegado destacou ainda que as lesões não parecem recentes. “Essas marcas encontradas não são de agora. Isso nos leva a crer que a violência pode ter ocorrido em mais de uma situação. O desafio agora é identificar quando, onde e quem foi o responsável.”

Situação familiar e creche

Sobre o contexto da vítima, Pick informou que a família é carente e que a mãe estava viajando. “Então, a gente está tentando entender qual é a situação da família. O pai estava sozinho aqui. Até agora, a ficha deles não caiu, estão bem calmos, não esboçaram reação de surpresa”, disse.

O delegado também esclareceu que a criança havia retornado à creche apenas três dias antes. “[A mãe}Ela ficou mais de 20 dias sem ir, pois a mãe estava fora. A creche apresentou toda a documentação de frequência e ressaltamos que os professores não podem tocar nas crianças. A instituição não tem culpa de nada”, acrescentou.

Primeiras diligências

Ainda na UPA, os pais da menina foram ouvidos, assim como os funcionários da creche que a acompanharam até a unidade. Todos foram intimados a prestar depoimento na DHPP.

Durante a noite, a Polícia Civil realizou 14 oitivas com familiares, testemunhas e pessoas próximas à vítima, para coletar informações que possam ajudar a esclarecer as circunstâncias do caso.

Laudos e exames periciais

O corpo da criança foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passa por necropsia. O laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) já apontou, preliminarmente, que não houve estupro de vulnerável. A necropsia deverá confirmar a causa exata da morte e esclarecer se há relação entre o óbito e os sinais de violência constatados pelos médicos.

Enquanto aguarda os resultados, a Polícia Civil mantém as diligências. “É um caso sensível, que exige cautela e rigor. Vamos apurar cada detalhe para que não restem dúvidas sobre o que de fato aconteceu com essa criança”, concluiu o delegado Edison Pick.

O caso segue em investigação pela DHPP.





Fonte.: MT MAIS

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