O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), declarou nesta terça-feira (01), que os manifestantes que bloquearam o tráfego no Contorno Leste não serão beneficiados com novos lotes habitacionais. A fala ocorreu após o protesto realizado na manhã de segunda-feira (29), quando um grupo de invasores interditou totalmente a via, queimou pneus e gerou transtornos para motoristas que utilizam o trecho.
O movimento, formado por famílias que reivindicam moradia, paralisou o trânsito no principal corredor de escoamento da região, causando congestionamentos e obrigando condutores a buscarem rotas alternativas. A manifestação foi controlada pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros, que atuaram na liberação da pista e no combate às chamas.
Durante entrevista coletiva, o gestor municipal foi categórico ao afirmar que a ocupação irregular de áreas públicas não será tolerada em sua gestão. Segundo ele, a política habitacional do município prevê critérios objetivos de seleção e priorização, mas atos de violência ou bloqueio de vias não garantirão nenhum tipo de privilégio. “Não existe possibilidade de premiar quem invade, coloca fogo em via pública e atrapalha a vida de quem trabalha. Essas famílias não terão direito a novos lotes apenas porque promoveram protesto. Há regras, há fila, e vamos respeitar quem espera corretamente”, afirmou o prefeito.
Novo protesto na segunda-feira (29)
O protesto de segunda-feira acendeu o alerta no Executivo municipal. Apesar da promessa de manter diálogo com movimentos sociais, a gestão afirma que não negociará com base em bloqueios de ruas e confrontos. O prefeito pediu o apoio da Polícia Militar e do Ministério Público para coibir novas ocupações irregulares em áreas públicas.
A Prefeitura informou que fará um levantamento das famílias envolvidas no ato e encaminhará relatórios à Justiça para avaliar eventuais medidas legais. Além disso, deverá reforçar a fiscalização em áreas de risco para evitar novas invasões.
Agora, o desafio da administração municipal é buscar equilibrar o direito à moradia com a necessidade de ordem urbana, diante da pressão de movimentos populares por habitação em Cuiabá.
Fonte.: MT MAIS