A Nike divulgou na terça-feira (1º) um aumento surpreendente na receita do primeiro trimestre e superou as expectativas de lucro, à medida que os esforços de recuperação da famosa marca de roupas esportivas ganharam força, apesar da fraqueza na China e das tarifas que pressionam as margens.
As ações subiram 3,4% após o fechamento do pregão, já que a empresa também conseguiu liquidar parte de seu estoque e as receitas de atacado voltaram a crescer, em um sinal de sucesso inicial para o plano do CEO Elliott Hill de levar a Nike de volta à sua antiga glória.
Porém, os executivos alertaram que a recuperação ainda está longe de acontecer.
Nike agora espera que as tarifas lhe custem cerca de US$ 1,5 bilhão este ano, em comparação com os US$ 1 bilhão previstos anteriormente. A marca de roupas esportivas fabrica quase todos os seus calçados em países como o Vietnã, que foram atingidos por tarifas elevadas sob o comando do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O CEO, um veterano da Nike, assumiu o comando no ano passado e prometeu reorientar a marca em torno dos principais esportes, como corrida, após uma série de trimestres fracos, e produzir o tipo de produtos de ponta pelos quais a Nike era conhecida.
“Também somos realistas quanto ao fato de estarmos transformando nosso negócio diante de um consumidor cauteloso, da incerteza tarifária e de equipes que ainda estão se adaptando a essa ofensiva esportiva”, disse Hill em uma apresentação de resultados.
Hill admitiu que a Nike ainda tem “trabalho pela frente para colocar todos os esportes, regiões geográficas e canais em um caminho semelhante”.
A Nike também previu que a receita do segundo trimestre cairá em um único dígito baixo, em comparação com as estimativas de queda de 3,1%. A empresa espera que seu negócio de atacado, em dificuldades, também registre crescimento no ano fiscal de 2026.
Folha Mercado
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Fonte.:Folha de S.Paulo