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27 de outubro de 2025

Câmeras ocultas da BBC revelam cultura de racismo e misoginia na maior força policial do Reino Unido

Câmeras ocultas da BBC revelam cultura de racismo e misoginia na maior força policial do Reino Unido

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Montagem com imagens de câmera oculta mostrando três pessoas: à esquerda, o sargento Joe McIlvenny, homem de cabeça raspada e barba grisalha, de uniforme policial e crachá no pescoço; ao centro, o policial Martin Borg, homem de cabelo e barba escuros, de jaqueta de couro; à direita, o policial Phil Neilson, homem de cabelo castanho curto, de moletom cinza, em um pub com uma caneca de Guinness à sua frente.

    • Author, Adrian Polglase
    • Role, BBC Panorama

Oficiais da Polícia Metropolitana de Londres (Met, na sigla em inglês) foram filmados fazendo comentários racistas, minimizando denúncias de estupro e defendendo o uso excessivo da força, segundo uma investigação do programa Panorama, da BBC.

As imagens foram registradas por Rory Bibb, repórter do programa, que trabalhou disfarçado durante sete meses, até janeiro de 2025, como policial civil designado na delegacia de polícia de Charing Cross, no centro de Londres.

O material mostra policiais sugerindo que imigrantes deveriam ser baleados e revelando opiniões preconceituosas sobre muçulmanos e colegas mulheres.

As gravações expõem práticas que contrariam a promessa da corporação de combater o que chama de “comportamentos tóxicos”. O compromisso foi assumido após o assassinato de Sarah Everard, 31, morta em 2021 por um policial.

As evidências indicam que, longe de terem sido eliminadas da Polícia Metropolitana, as atitudes racistas e misóginas apenas foram empurradas para a clandestinidade.

Um policial disse que, na presença de colegas novos, por exemplo, passa-se a usar uma “máscara” até descobrir quem são. “Quando alguém novo chega, pronto, máscara ligada. Você precisa descobrir quem é”, afirmou.

Após receber da BBC uma lista detalhada de acusações, a Polícia Metropolitana suspendeu oito policiais e um funcionário, além de afastar dois policiais das atividades de rua.

O chefe da Polícia Metropolitana de Londres, Mark Rowley, classificou o comportamento revelado pelo Panorama como “vergonhoso, totalmente inaceitável e contrário aos valores e padrões” da corporação.

Aviso: esta reportagem contém linguagem repetidamente ofensiva e discriminatória.

Entre os policiais filmados pelo repórter disfarçado estavam:

Entre os policiais filmados pelo repórter disfarçado estavam:

  • O sargento Joe McIlvenny, policial com quase 20 anos de serviço na Polícia Metropolitana, demonstrou desprezo pelas denúncias de estupro e violência doméstica feitas por uma mulher grávida, após um colega questionar a decisão de liberar o homem acusado sob fiança. Ele respondeu: “Isso é o que ela diz”.
  • O policial Martin Borg descreveu com entusiasmo ter visto outro sargento, Steve Stamp, pisar na perna de um suspeito. Borg riu ao contar que se ofereceu para prestar depoimento afirmando que o suspeito havia tentado chutar o sargento primeiro. Não ficou claro pelas imagens de segurança se a alegação era verdadeira.
  • O policial Phil Neilson disse ao nosso repórter, em um pub, que um detido que havia excedido o prazo do visto “deveria levar uma bala na cabeça” e que “os que transam, estupram mulheres, você pega no pênis e os deixa sangrar”.

O repórter disfarçado do Panorama, Rory Bibb, trabalhou durante sete meses como policial civil designado (DDO, na sigla em inglês). A função não envolve prisões, mas exige contato direto com sargentos e policiais.

A estação policial de Charing Cross, onde Bibb atuou, abriga uma das 22 centrais de custódia da Polícia Metropolitana, onde pessoas ficam detidas após a prisão e antes de serem acusadas ou liberadas. O local lida com situações de violência e também com indivíduos vulneráveis, entre eles jovens e pessoas com problemas de saúde mental.

A delegacia foi alvo de investigação do órgão independente de fiscalização policial, o Independent Office for Police Conduct (IOPC, Escritório Independente para Conduta Policial, em tradução livre), sobre assédio e discriminação há quase quatro anos. O órgão constatou que alguns policiais discutiam agredir namoradas, trocavam comentários ofensivos e discriminatórios e faziam piadas sobre estupro em grupos privados.

Denunciantes disseram ao programa da BBC que policiais com atitudes racistas e misóginas continuam atuando na unidade, apesar da promessa da corporação de eliminar “policiais problemáticos” e “falhas culturais”.

Misoginia ‘aterrorizante’

Os sargentos comandam o dia a dia das centrais de custódia e são responsáveis por zelar pelos valores e padrões éticos da Polícia Metropolitana.

Em Charing Cross, o sargento Joe McIlvenny foi filmado repetidas vezes em serviço exibindo atitudes misóginas.

Ao repórter disfarçado e a uma colega, McIlvenny descreveu uma mulher que disse ter conhecido online da seguinte maneira: “Ela ocupa a porta inteira, quase monstruosa.” Em seguida, afirmou que ela era “tão gorda que tinha duas vaginas: a real e a formada pela gordura em volta”.

McIlvenny também contou sentir prazer sexual quando seus mamilos eram estimulados, apesar da objeção de colegas mulheres que ouviram a conversa.

Ao falar sobre a ideia de perfurá-los, disse: “Minha tolerância à dor aumenta muito se estou excitado ao mesmo tempo. Então, vou perguntar se posso me masturbar…”

Como sargento da central de custódia, McIlvenny é quem decide se um suspeito permanece preso ou é liberado sob fiança após a acusação.

Rory Bibb, visto trabalhando em sua mesa com o uniforme de policial civil designado, usando suéter azul-marinho com ombreiras em azul royal. Ele fala ao telefone em frente a um computador, anotando em um post-It amarelo. Atrás dele, um colega com o rosto borrado.
Legenda da foto, Rory Bibb, o repórter do programa Panorama, que trabalhou sete meses ao lado de policiais na delegacia de Charing Cross

Quando uma policial questionou a decisão de liberar sob fiança um homem acusado de estuprar a namorada, ela ressaltou que ele também havia sido acusado de chutar a mulher grávida na barriga. O sargento Joe McIlvenny respondeu: “Isso é o que ela diz.” O Panorama não tem detalhes completos do caso.

A policial disse mais tarde ao repórter disfarçado que ficou revoltada com a resposta do sargento. “Ele disse: ‘Sim, é o que ela diz.’ Ele a pisou na barriga quando ela estava grávida”, afirmou. “Gostaria de me virar e dizer: ‘Seu idiota. Você é um idiota.’ Mas, infelizmente, não posso. Ele tem distintivos nos ombros.”

Sue Fish, que já foi chefe interina da polícia de Nottinghamshire (na região central da Inglaterra) e anteriormente presidiu oitivas sobre condutas inadequadas de agentes, analisou as imagens do programa Panorama e afirmou que os comentários sexualizados do sargento eram “completamente inapropriados e muito misóginos”.

Ao comentar sobre a declaração do sargento a respeito das denúncias de estupro e violência doméstica, Fish disse “como mulher e ex-policial”: pessoas como ele têm o poder de tomar esse tipo de decisão sobre a minha segurança ou a de outras mulheres, e isso é assustador.”

Fish já relatou ter sido vítima de assédio sexual duas vezes por colegas, uma vez quando era policial júnior e outra enquanto ocupava um cargo de liderança. Sob sua direção, em 2016, a polícia de Nottinghamshire tornou-se a primeira força policial a registrar misoginia como crime de ódio.

Em janeiro deste ano, enquanto o repórter disfarçado da BBC trabalhava na delegacia, o sargento McIlvenny foi informado de que seria investigado por comentários inadequados supostamente dirigidos a uma mulher em custódia.

Funcionários da central policial disseram ao repórter disfarçado que a mulher era asiática e que McIlvenny havia comentado que ela deveria estar no “negócio de massagem”. De acordo com funcionários, policiais da Polícia de Transporte Britânica haviam registrado queixas contra McIlvenny.

No mês passado, antes de o programa Panorama informar a Polícia Metropolitana sobre suas descobertas, o sargento disse ao repórter da BBC que havia retornado ao trabalho na central de custódia.

‘Raiva cega’

Rory Bibb, o repórter disfarçado da BBC, filmou policiais se deleitando repetidamente com o uso da força, revelando uma cultura de confiança e certeza de que colegas não os denunciariam.

Os policiais podem usar força, mas apenas quando “proporcional e razoável em todas as circunstâncias”, segundo os Padrões de Conduta Profissional.

Após alguns drinques, em um pub próximo, fora do serviço, o policial Martin Borg descreveu como um homem preso por se passar por policial e tentativa de sequestro, e que foi considerado sob risco de suicídio, havia sido contido.

Borg disse que o homem havia cuspido nos policiais e urinado na porta da cela, então os policiais o imobilizaram no chão. Enquanto ele “chutava”, o sargento Steve Stamp, apelidado de “Stampy”, teria pisado na perna do detido, segundo o policial.

O repórter teve acesso a imagens das câmeras de segurança da central de custódia, que mostraram o sargento pisando duas vezes na perna do homem.

A imagem da câmera de segurança mostra três policiais em uma cela pequena, aparentemente imobilizando um suspeito, quase invisível entre eles. No canto superior direito, perto da porta aberta, aparece o sargento Steve Stamp, visto pisando duas vezes.
Legenda da foto, Nas imagens de câmera de segurança, o sargento Steve Stamp é visto chutando com força duas vezes durante a imobilização de um suspeito

“Esse cara gritou pra caramba”, disse o policial Martin Borg. “Depois disso, ele ficou com um caroço no pé que parecia um tumor.” Lembrando que o detido havia protestado que o sargento havia pisado em sua perna, Borg disse ter respondido: “Sim, ele pisou mesmo, seu idiota.”

Borg afirmou que o sargento lhe disse depois que o suspeito teria tentado chutá-lo. “Com certeza, sargento”, recordou Borg. “Quer que eu coloque isso no MG11, sargento?”

O MG11 é um formulário de declaração de testemunha.

Sue Fish, da polícia de Nottinghamshire, disse que, se Borg tivesse inserido informações falsas, passíveis de comprovação, isso configuraria “obstrução da justiça ou conspiração para obstruir a justiça”.

Não é claro nas imagens de câmera de segurança se o homem realmente tentou chutar o sargento Stamp. O homem estava descalço e quatro policiais o imobilizavam no momento.

Um policial relatou que, se suspeitos se recusarem a fornecer impressões digitais, ele poderia puxar com força dois dedos para romper os tendões. “Adoro tirar impressões digitais à força”, disse.

Imagem de câmera oculta, registrada ligeiramente de baixo e em ângulo, mostra um policial de uniforme, homem branco com cabelo castanho repartido e queixo fendido, em frente a uma van policial no pátio da delegacia de Charing Cross, cercado por janelas da unidade. Ele puxa os dedos da mão esquerda com a mão direita enquanto fala sobre tirar impressões digitais à força
Legenda da foto, Um policial se gabou de que adorava tirar impressões digitais à força e disse que poderia romper os tendões dos dedos dos suspeitos

Outro policial, ao encontrar o repórter disfarçado pela primeira vez na cantina, contou que um suspeito o havia atingido com o cotovelo no rosto, então ele “bateu com força na parte de trás das pernas” do homem enquanto ele se levantava na van, usando algemas nas pernas.

“Só uns cinco ou seis golpes”, disse. “Não foi bonito. Com certeza rolou um pouco de raiva cega, mas não deu em nada.”

‘Eles são apenas escória’

Após alguns drinques, em um pub, policiais expressaram opiniões racistas, anti-imigrantes ou antimuçulmanos.

Em uma ocasião, o policial Martin Borg falava sobre suspeitos em custódia de minorias étnicas. Quando perguntado qual grupo causava mais problemas, respondeu: “Muçulmanos”.

“Odeiam a gente. Eles nos odeiam de verdade. Ódio de verdade”, disse. “O islã é um problema. Um problema sério, eu acho.”

Os padrões da polícia determinam que o comportamento dos policiais não deve “desacreditar o serviço policial nem minar a confiança do público, esteja em serviço ou fora dele”.

Imagem de câmera oculta, registrada na altura do peito e ligeiramente de baixo, mostra o policial Martin Borg, homem branco de cabelo escuro e barba curta e escura, em um que parece ser um beco fora de um pub, vestindo camiseta escura e jaqueta de couro preta.
Legenda da foto, O policial Martin Borg disse que os muçulmanos ‘nos odeiam’ e classificou o islã como um ‘problema sério’

O policial Phil Neilson, da equipe West End, inicialmente hesitou em compartilhar suas opiniões com o repórter disfarçado. Meio brincando, perguntou se ele era membro da Diretoria de Padrões Profissionais da Polícia Metropolitana.

Duas semanas depois, Neilson e Rory se encontraram novamente no pub. O policial disse que não se importava com ucranianos fugindo da guerra para o Reino Unido, mas tinha visão completamente diferente sobre pessoas vindas do Oriente Médio. “Eles são apenas escória”, afirmou durante seu segundo copo de cerveja, dizendo que se tratava de “uma invasão”.

“Deus, perderíamos nossos empregos agora mesmo”, acrescentou Neilson.

Ao longo da noite, à medida que bebia mais, suas opiniões se mantiveram, mas foram expressas de forma mais extrema e até violenta.

Ele chamou argelinos de “escória” e “idiotas”, somalis de “escória” e “feios pra caralho”, e disse: “Acho que qualquer estrangeiro é o pior de lidar”.

Alguns drinques depois, o policial Neilson compartilhou suas opiniões sobre o islã. “Já vi muitos muçulmanos cometendo crimes. O modo de vida deles não é o correto”, disse.

“Você percebe que os que mais cometem crimes são muçulmanos.”

Os padrões da polícia também exigem que os policiais não discriminem de forma ilegal ou injusta. O Home Office (Ministério do Interior do Reino Unido, órgão responsável pela imigração) e a polícia não divulgam estatísticas de prisões por comunidades religiosas.

O policial Neilson comentou sobre um detido que havia ultrapassado o prazo do visto: “Ou mete uma bala na cabeça dele ou deporta.” Ele acrescentou: “Um revólver. Um revólver seria tão bom… E aqueles que transam e estupram mulheres, você castra e deixa sangrar até a morte”.

Sue Fish afirmou estar “chocada e horrorizada” e classificou o policial como “racista violento”.

“Não tenho nenhuma confiança nele como policial. Para ser franca, nem muito como ser humano”, disse.

‘Seu verdadeiro eu aparece’

Apesar de vários policiais expressarem opiniões discriminatórias e antiéticas, alguns deixaram claro que sabiam da necessidade de ocultar suas opiniões reais.

Em uma ocasião, o sargento McIlvenny advertiu o repórter disfarçado para não mencionar o uso da força contra suspeitos de maneira que pudesse ser captada pelas câmeras de segurança ou microfones na delegacia.

O sargento havia dado um soco na perna de um homem durante uma revista forçada, e o repórter comentou depois: “Vi sua investida na parte de trás da perna”.

Poucos minutos depois, McIlvenny levou o repórter para um corredor afastado das câmeras e microfones da central de custódia. “Cuidado ao comentar o uso da força na custódia”, disse. “Não soa bem se for reproduzido depois.”

“Não nos meta numa grande reclamação”, acrescentou o sargento.

No pub, um dos policiais mais antigos que Rory encontrou, Brian Sharkey, bebia com colegas que faziam piadas sobre queixas disciplinares e insinuações sexuais.

“Se você for acusado de agressão sexual, pode muito bem ir por estupro também”, interrompeu Sharkey, antes de se corrigir e dizer que era uma piada. “Isso foi meio errado. Me cobro por isso.”

Imagem de câmera oculta mostra o policial Brian Sharkey, homem branco vestindo moletom cinza claro com capuz, sentado a uma mesa de pub com vários copos e cardápios à sua frente, enquanto outros colegas aparecem parcialmente fora do quadro.
Legenda da foto, Fora do serviço, o policial Brian Sharkey questionou se podia confiar no ‘novato’, o repórter disfarçado Rory Bibb

O policial posteriormente se dirigiu ao repórter disfarçado: “Agora, em quem eu posso confiar aqui? Você é o novato”, antes de encerrar a discussão sobre outro incidente.

Outro policial disse ao repórter que era cauteloso ao falar com um novo colega. “É preciso usar uma máscara de quem fala apenas fatos e, depois que você se enturma com eles, ela cai e o seu verdadeiro eu aparece”, afirmou.

A BBC escreveu à Polícia Metropolitana um detalhamento das evidências reunidas durante os sete meses de investigação.

Mark Rowley, chefe da Polícia Metropolitana de Londres, afirmou que a força tomou “medidas imediatas e sem precedentes para investigar essas alegações”. Ele encaminhou as denúncias ao Independent Office for Police Conduct (IOPC, Escritório Independente para Conduta Policial, em tradução livre), cuja diretora, Amanda Rowe, declarou: “Estamos tratando o caso com extrema seriedade”.

Rowley disse que a Polícia Metropolitana “desmantelou a equipe de custódia de Charing Cross” e acrescentou que mais de 1,4 mil policiais e funcionários saíram ou foram demitidos desde 2022 por não atenderem aos padrões da corporação, “a maior limpeza na história da força”.

“Muito mais precisa ser feito para enfrentar indivíduos e grupos cujo comportamento deplorável continua a prejudicar colegas e londrinos”, afirmou. “Nossa determinação em identificá-los, confrontá-los e eliminá-los é absoluta.”

Vista aérea da delegacia de Charing Cross, um prédio branco de fachada em formato triangular, com o contorno do pátio visível no centro.
Legenda da foto, A delegacia de Charing Cross foi investigada há quase quatro anos, mas denunciantes disseram ao Panorama que os problemas ainda persistem

O Panorama da BBC também contatou os policiais mencionados neste artigo. Eles não responderam.

Após o sequestro, estupro e assassinato de Sarah Everard por um policial, em 2021, uma apuração sobre a Polícia Metropolitana conduzida por Louise Casey concluiu que a corporação era institucionalmente racista, homofóbica e misógina.

Na época, Rowley, chefe da Polícia Metropolitana de Londres, aceitou as recomendações da apuração, mas não reconheceu que os problemas eram “institucionais”.

Em 2022, a força foi submetida a medidas especiais pela polícia inspetora, uma forma de supervisão reforçada que terminou em janeiro deste ano. Na ocasião, o chefe da Polícia Metropolitana de Londres afirmou que a corporação estava fazendo “progresso significativo”.

O ex-procurador-geral britânico Dominic Grieve, que também analisou as imagens da BBC, afirmou ter se impressionado com a ausência de padrões, valores e disciplina “entre as pessoas em posição de autoridade”, referindo-se aos sargentos.

Grieve disse que o comportamento desses policiais prejudica o policiamento baseado no consentimento e torna o trabalho mais difícil a longo prazo.

Já Sue Fish, da polícia de Nottinghamshire, afirmou: “Vi evidências suficientes para dizer que existe uma cultura altamente tóxica de comportamento masculino hipersexualizado, misoginia, racismo e violência gratuita e ilegal.”

Segundo ela, a liderança da Polícia Metropolitana nunca compreendeu “a importância, a escala e o impacto” dessa cultura. “Sempre se tratou de uma maçã podre, não de um barril podre”, disse.



Fonte.:BBC NEWS BRASIL

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