A cidade de Gaza foi alvo de ataques contínuos de artilharia durante a noite, enquanto os bombardeios aéreos também prosseguiram, com pelo menos três por hora, segundo a agência EFE.
Cinco civis palestinos morreram na cidade de Gaza, baleados quando voltavam para suas casas em áreas com presença militar israelense, informaram fontes do Hospital Shifa à EFE.
Outros cinco morreram em ataques enquanto tentavam retornar à cidade a partir do sul do enclave. Os corpos foram levados ao Hospital Al Awda, em Nuseirat (centro).
Após o apelo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que Israel cesse os ataques contra Gaza — depois de o Hamas ter aceitado sua proposta de trégua —, muitos habitantes da região tentam diariamente regressar às casas que abandonaram com o avanço das tropas israelenses.
No entanto, apesar de Israel afirmar que passou a realizar apenas “operações defensivas em Gaza”, os bombardeios continuam. Tropas e drones quadricópteros também disparam contra aqueles que tentam voltar para suas residências.
O Exército israelense suspendeu o avanço terrestre na capital diante dos progressos nas negociações, mas mantém soldados posicionados nos bairros de Tal al Hawa (sudoeste), Al Nasr (noroeste) e na rua Al Jalaa, que corta a cidade de norte a sul.
Durante a noite, os bombardeios se concentraram no bairro de Sabra (centro-sul).
O Serviço de Ambulâncias e Emergência de Gaza informou ter realizado pelo menos sete atendimentos durante a madrugada.
Perto do Estádio Palestina, no bairro de Rimal (oeste da capital), duas pessoas ficaram feridas após disparos feitos por drones e foram levadas ao Hospital Kuwait, segundo o serviço de emergência.
O órgão também denunciou que uma de suas equipes de ambulância foi atacada por um quadricóptero “quando tentava socorrer vítimas de um ataque com drone na rua Palestina”.
Fora da capital, os ataques continuaram no centro e no sul da Faixa de Gaza.
A agência oficial palestina Wafa relatou que vários civis ficaram feridos em Asdaa (ao norte da cidade meridional de Khan Younis) após um ataque contra uma tenda de deslocados.
Ainda segundo a agência, houve disparos de artilharia a leste de Wadi Gaza (no centro do enclave) contra grupos de palestinos que aguardavam a chegada de caminhões com ajuda humanitária.
Uma comissão independente da ONU e relatores de direitos humanos, junto com organizações internacionais — incluindo algumas israelenses — e um número crescente de países, classificam como genocídio a ofensiva militar israelense contra Gaza, que, desde os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, já deixou mais de 67 mil mortos, entre eles mais de 20 mil crianças.
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Fonte. :. Noticias ao minuto