9:09 AM
11 de outubro de 2025

Como é a trilha para a Pedra da Macela, em Cunha (SP)

Como é a trilha para a Pedra da Macela, em Cunha (SP)

PUBLICIDADE


A Pedra da Macela era relativamente pouco conhecida. Foi da pandemia para cá que ela passou a chamar cada vez mais atenção nas redes sociais, graças às fotos que mostram ora um tapete de nuvens entre as montanhas, ora uma vista desimpedida que permite observar Ilha Grande e o contorno da costa de Angra dos Reis e Paraty.

Pedra da Macela, Cunha, Serra da Bocaina
Em dias de céu aberto, é possível ver o litoral fluminense (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

Os dois cenários me pareceram tão espetaculares que eu não sabia por qual dos dois torcer quando despertei às 3h da manhã para fazer o passeio. Explico: ainda que seja possível visitar a Pedra da Macela diariamente das 4h às 19h (última subida às 17h), o barato é ver o sol surgir no horizonte no alto da montanha, a 1.840 metros de altitude.

Pedra da Macela, Cunha, Serra da Bocaina
Nascer do sol de camarote na Pedra da Macela (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

Ponto mais alto da Serra da Bocaina, o pico fica no ponto limítrofe entre os municípios de Cunha, no estado de São Paulo, e Paraty, no estado do Rio de Janeiro, ainda que o acesso seja por Cunha.

Para chegar até o topo, é preciso percorrer uma trilha de 2,5 km de extensão que alterna entre asfalto e blocos de paralelepípedo. Mas não vá achando que será moleza: o caminho é todo de subida bem íngrime e costuma levar uma hora, dependendo do seu ritmo (ou dos seus joelhos).

Continua após a publicidade

Quem me acompanhou nessa empreitada foi a guia Cris Campos, da agência Ecojoy (mande um alô para ela no Whatsapp para reservar seu passeio). Nos encontramos às 3h40 no centrinho de Cunha e seguimos de carro rumo à Estrada Cunha-Paraty. Quando estiver chegando perto do quilômetro 66,5, fique ligado: há uma bifurcação um tanto escondida na escuridão da madrugada que é onde começa uma estrada de terra de mais cinco quilômetros até o estacionamento da Pedra da Macela.

Todo esse trajeto de carro levou cerca de uma hora, ainda que o Google Maps indicasse menos acontece que o GPS não contabiliza o pedaço final em estrada de terra. É importante ter isso em mente para programar sua saída, principalmente se não quiser perder o nascer do sol. Tanto a entrada quanto o estacionamento são gratuitos.

Começamos a caminhada por volta das 4h50. O breu total me levou a acender a lanterna do celular, mas em geral isso era desnecessário porque o caminho é todo asfaltado e não há grandes riscos de tropeçar em alguma coisa, por exemplo. O desafio está mesmo em caminhar durante uma hora sempre em subida, que é também bastante íngrime. Mesmo com um bom condicionamento físico, a trilha exige certo fôlego, mas em geral é tranquila.

Pedra da Macela, Cunha, Serra da Bocaina
Caminho até o alto da Pedra da Macela tem asfalto e blocos de paralelepípedo (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)
Continua após a publicidade

Chegamos ao topo às 5h20, com uma faixa laranja despontando no horizonte e um tapete de nuvens já formado, tampando o mar. A vista desimpedida também deve ser espetacular, mas confesso que gostei da sensação de estar acima das nuvens.

Já fica o aviso: não há como prever se o céu estará aberto ou não e, consequentemente, qual paisagem você irá encontrar ao final da trilha. A guia Cris me contou que às vezes acontece das nuvens irem se dissipando aos poucos, de forma que o visitante presencia tanto o tapete de nuvens quanto a vista para o litoral, mas isso varia.

Mesmo com as nuvens permanecendo durante todo o tempo que estive na Pedra da Macela, achei o nascer do sol espetacular: assistimos o astro subir no horizonte sentadas em uma pedra, tomando café e comendo biscoitos. Além de lanches, vale ir bem agasalhado, já que venta bastante lá no alto.

Pedra da Macela, Cunha, Serra da Bocaina
O nascer do sol é o momento mais desejado na Pedra da Macela (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)
Continua após a publicidade

Quando o sol já tinha clareado tudo, fomos para o outro lado do pico, que tem vista para a cidade de Cunha e a Serra da Bocaina, também muito bonita.

Pedra da Macela, Cunha, Serra da Bocaina
Do outro lado da Pedra da Macela, a vista é para as ondulações da Serra da Bocaina (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

E então começamos a volta, por volta das 7h. A descida é pelo mesmo caminho, mas ela pode ser ainda mais desafiadora que a subida, especialmente para quem costuma sentir dor nos joelhos. Com o dia mais claro, deu para observar melhor a natureza que nos cercava, com destaque para a flor Macela, que dá nome ao local.

Pouco antes das 8h já estávamos de volta ao estacionamento, onde há banheiro seco.

Continua após a publicidade

Para quem faz a trilha da Pedra da Macela ao amanhecer, a dica é tomar café da manhã depois no simpático Moara Café, que fica na Estrada Cunha-Paraty. O espaço tem mesas espalhadas por um gramadão, que também expõe vários objetos vintage.

Moara Café, Cunha, São Paulo
Depois da trilha da Pedra da Macela, café da manhã dos campeões no Moara (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

Agora, caso você faça a trilha um pouco mais tarde, vale a pena combinar a trilha com um almoço no La Taverne, meu favorito em Cunha. O restaurante fica justamente na estrada de terra que leva à Pedra da Macela e serve pratos criativos que utilizam ingredientes locais, com destaque para os cogumelos.

La Taverne Bistrô, Cunha, São Paulo
O La Taverne fica dentro de um sítio onde são cultivados alguns dos ingredientes (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)
Continua após a publicidade

Serviço

Onde? Acesso no quilômetro 66,5 da Estrada Cunha-Paraty
Quando? Diariamente, das 4h às 19h (última subida às 17h)
Quanto? Entrada e estacionamento gratuitos. Vale fazer a trilha com o acompanhamento de um guia, como a Cris Campos da Ecojoy (reserve pelo Whatsapp)
Como é a trilha? O topo da Pedra da Macela fica a 1.840 metros de altitude. O trajeto é feito por uma trilha íngrime de 2,5 km de extensão (cerca de uma hora). Mais informações sobre a Pedra da Macela no Instagram do ICMBio.

Pedra da Macela, Cunha, Serra da Bocaina
Portal de entrada da Pedra da Macela (Bárbara Ligero/Viagem e Turismo)

Veja mais dicas de onde comer em Cunha

Compartilhe essa matéria via:





Fonte.:Viagen

Leia mais

Rolar para cima