O cantor Tiago Iorc precisou ser internado no último final de semana após uma crise provocada por uma hérnia de disco. Segundo o artista, o problema na região cervical foi resultado de “má postura ao longo dos anos”.
Iorc, que já enfrentou o problema anteriormente, segue apostando em um tratamento que não envolve cirurgia. Desta vez, o cantor de 39 anos se submeteu a injeções na coluna buscando aliviar o processo inflamatório que leva às dores.
Entenda mais sobre a hérnia de disco e o que pode ser feito para superá-la.
Como acontece uma hérnia de disco
Para entender a hérnia de disco, vale revisitar nossa anatomia: a coluna humana é formada por 33 vértebras, separadas umas das outras por “amortecedores” cartilaginosos chamados de discos intervertebrais. Quando tudo vai bem, eles nos protegem de dores ao impedir o impacto direto entre os ossos da coluna, que aconteceria ao nos movimentarmos.
A hérnia de disco ocorre quando um desses discos intervertebrais se desloca de sua posição habitual, comprimindo os nervos vizinhos e levando à inflamação dolorosa. Diversos fatores podem levar a isso, desde traumas físicos até a idade, passando pela má postura crônica. É mais comum que o problema surja após os 35 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade.
+Leia também: Hérnia de disco: o que é, quais os sintomas e como tratar
Esse problema pode afetar qualquer disco intervertebral ao longo da coluna e, às vezes, mais de um ao mesmo tempo. Por isso, nem toda hérnia de disco é igual: algumas podem surgir na lombar, por exemplo, enquanto outras afetam a região próxima ao pescoço, conhecida como cervical. É o caso de Tiago Iorc, que foi diagnosticado com uma hérnia de disco cervical.
Conforme relatado pelo cantor, seu problema seria consequência de “ficar com a cabeça baixa e o pescoço curvado por muito tempo”. Ele também enumerou hipóteses que aumentavam o risco: “por ser alto, por tocar violão, ficar muito tempo no celular”.
Qual o tratamento para a hérnia de disco?
Dependendo da dimensão do problema, a preferência é tratar a hérnia de disco de forma conservadora, sem recorrer a cirurgias. A grande maioria dos casos costuma ser controlada dessa forma. Tiago Iorc, por exemplo, contou que enfrentou sua primeira crise há quatro anos com uma combinação de fisioterapia, pilates e osteopatia.
A fisioterapia e técnicas de alongamento, assim como um esforço para melhorar a postura, costumam estar entre as primeiras abordagens para tentar resolver o problema. Quando as dores aumentam muito, podem ser necessários medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, inclusive com aplicações diretamente na coluna, como ocorreu com Iorc no atual episódio de dores: ele recebeu injeções de corticoides e anestésicos na área onde a dor se origina.
O uso de medicamentos injetáveis é uma alternativa para dores mais persistentes e ainda é muito menos invasiva do que uma cirurgia, sendo preferida por médicos e pacientes, especialmente se há algum risco maior na operação.
No entanto, casos em que as dores persistem mesmo assim e se tornam incapacitantes podem receber indicação de cirurgia. A situação deve ser avaliada pelo médico que acompanha o caso, considerando as individualidades do paciente, bem como os riscos e benefícios do procedimento naquela situação.
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Fonte.:Saúde Abril