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15 de outubro de 2025

Audi pode entrar na F1 com motor mais potente do que o esperado

Audi pode entrar na F1 com motor mais potente do que o esperado

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A Audi se prepara para sua estreia na Fórmula 1 em 2026, chegando já com um motor próprio dentro do novo regulamento, que equipara combustão e potência elétrica. E, segundo rumores que circulam pelo paddock, os engenheiros alemães ultrapassaram a barreira dos 400kW com a unidade térmica, indo além dos 540 cv esperados.

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Até agora, falou-se principalmente sobre os nomes fortes da Ferrari que deixaram a Scuderia para reforçar a área de motores da Audi: Wolf Zimmermann (que está de malas prontas, mas que ainda não deixou o departamento da marca italiana) e seu vice Lars Schmidt são figuras de destaque na área de pesquisa e desenvolvimento de motores de Maranello, e a Audi vem se aproveitando de seu trabalho nos bastidores.  

Mattia Binotto, chefe do projeto Audi F1, lançou um plano de cinco anos que tem como objetivo vencer em 2030. Em uma interessante entrevista à Autosprint, o ex-engenheiro Ferrarista traçou um cenário interessante:

“A F1 é o esporte mais complexo, e não apenas no automobilismo. Isso se deve ao seu tamanho e à sua tecnologia. A história nos ensina que todos os ciclos de vitórias são baseados em um período de preparação de cinco a sete anos. Queremos vencer em cinco anos: três para construir e dois para consolidar”. 

Mattia Binotto, Head of Audi F1 Project

Mattia Binotto, chefe do projeto Audi F1

Foto de: Peter Fox / Getty Images

A imagem é clara, mas é justo dizer que a transformação da Sauber em Audi já está em andamento há algum tempo e a marca sediada em Ingolstadt não abordou sua entrada no esporte como a Cadillac, que constrói sua operação do zero.

A equipe suíça (ainda como Sauber) saiu do último lugar no Campeonato Mundial de Construtores, colocando-se em posição de disputar pontos com ambos os pilotos. Portanto, há uma percepção objetiva de crescimento, enquanto pouco se fala sobre o Audi Competence Centre Motorsport, que está sediado desde 2014 em Neuburg, na Alemanha. 

Trata-se de uma fábrica de 3.000 metros quadrados onde a Audi desenvolveu a área de automobilismo: o Audi R18 e-tron para o WEC nasceu em Neuburg, além do Audi RS Q e-tron que correu e venceu no Dakar, sem falar no Audi RS 5 DTM ou no antigo programa da Fórmula E. Estamos falando, portanto, de um centro de excelência que teve de se adaptar às exigências da F1. A estrutura foi ampliada, assim como a equipe, que veio da Mercedes e da Ferrari, onde há mais experiência e conhecimento. 

La sede Audi di Neuburg dove nascono le prower unit

Instalações da Audi em Neuburg, onde são criadas as unidades de produção

De acordo com rumores no paddock, a unidade de potência mais avançada é a da Mercedes, que estará presente no time de Brackley, além de McLaren, Williams e Alpine. Há muito burburinho em relação à Ferrari, que tem uma grande tradição em motores, e há expectativa em relação à parceria da Honda com a Aston Martin, enquanto quase ninguém sabe nada sobre a Audi e a Red Bull Ford Powertrains. 

A Ferrari, tendo desistido de um cabeçote de cilindro de aço muito inovador proposto por Zimmermann, após não atingir os valores de confiabilidade esperados, recorreu a uma solução de liga de alumínio que contará com um sistema de admissão revolucionário e altamente secreto. O tempo perdido, é claro, foi pago e os engenheiros dirigidos por Enrico Gualtieri estão um pouco atrás da Mercedes, com a Honda não muito atrás. 

Mas onde a Audi está se escondendo? Os rumores que estão circulando (agora há um grande movimento de engenheiros de uma fabricante para outra…) apontam que os alemães romperam a barreira dos 400 kW com o motor de combustão interna, chegando a mais de 540/550 cavalos de potência, enquanto o da Mercedes é creditado com 420 kW, ou seja, cerca de 571 cavalos de potência.

Esses são números que devem ser considerados com cautela, porque não são dados conclusivos, mas sim a fofoca daqueles que… “farejam o ar” após ouvir sobre testes de resistência. E os picos de potência não são indicação de confiabilidade, já que uma temporada inteira de 24 GPs terá de ser enfrentada com apenas quatro unidades.

Gernot Dollner, CEO Audi, crede nel progetto F1

Gernot Dollner, CEO da Audi, acredita no projeto da F1

Foto de: Andy Hone / Motorsport Images

E, de qualquer forma, a Audi, pelo menos no início, terá dificuldades para unir as duas almas da equipe (Hinwil e Neuburg), mas é seguro assumir que o ponto de partida para se tornar uma verdadeira equipe de ponta será maior do que podemos imaginar na simples transposição da Sauber para uma equipe oficial.

O jogo de Binotto é difícil, mas ele definiu um bom caminho para o início da aventura da Audi na F1. É claro que vencer será outra história, mas a marca alemã está acostumada a aceitar o desafio técnico… 

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Fonte. Motorsport – UOL

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