A pré-candidatura de Jayme vem sendo tratada como indefinida pela falta de apoio integral do partido. O governador Mauro Mendes (União), que preside o União Brasil e a federação União Progressista (aliança com o PP), já deixou claro que apoia seu vice, Otaviano Pivetta (Republicanos), como sucessor.
Apesar disso, segundo Júlio, boa parte da base da federação defende candidatura própria. “Há um grupo grande de políticos, não só dos municípios como em nível estadual, que concorda que, para a União Progressista ter sucesso nas eleições do ano que vem, teríamos que ter uma candidatura própria ao governo, porque é uma eleição de dois turnos”, afirmou o deputado na segunda-feira (20).
Júlio garantiu que o partido tem pleno conhecimento da intenção de Jayme e que o projeto político dos irmãos Campos está a todo vapor nos bastidores. “O partido sabe disso. Nós estamos trabalhando todo fim de semana no interior, conversando com os companheiros. [Mas] não é o momento de colocar candidatura declarada, fazer campanha, isso não existe”, declarou.
Ele lembrou que o período eleitoral começa oficialmente apenas em abril de 2026, o que justificaria a ausência de uma manifestação pública de Jayme. “O projeto político vai se definir a partir de abril, com a janela partidária em março”, pontuou.
O parlamentar argumentou que definições antes da janela partidária podem ser ineficazes, citando exemplos de movimentações recentes. “Ninguém sabe quem vai ficar, quem vai pra lá… A prova é que o presidente regional do PSB, deputado Max Russi, está de mudança com sua tropa de choque para o Podemos. O deputado Chico Guarnieri, do PRD, está indo para o Republicanos. E o deputado Paulo Araújo, da União Progressista, está indo para o PRD”, enumerou.
Júlio, que é considerado um estrategista político experiente, defende que os grandes partidos lancem candidatos próprios ao Executivo e, apenas no segundo turno, formem alianças. “Nós defendemos essa tese. Se tivermos um candidato próprio ao governo — no caso, o senador Jayme Campos —, a União Progressista pode eleger entre cinco ou seis deputados estaduais e entre dois ou três federais”, avaliou.
O deputado acrescentou que pesquisas internas indicam que Jayme tem potencial para alcançar cerca de 25% dos votos no Estado, o que seria suficiente para levá-lo ao segundo turno.
Além de Jayme Campos, também são cotados como pré-candidatos ao Governo do Estado o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), o senador Wellington Fagundes (PL) e a médica Natasha Slhessarenko (PSD).
Fonte.: MT MAIS
