O chefe da Prosus na América Latina, Diego Barreto, afirmou em entrevista à Reuters que a opção pelos BDRs, em vez da listagem direta das inúmeras empresas do portfólio, veio para atender demanda de investidores locais que têm restrição para alocação de capital em empresas internacionais ou que já estão no limite de suas alocações.
“Não vamos abrir capital (das empresas da Prosus) porque não existe demanda de capital por parte delas”, disse Barreto, citando o recente fechamento de capital da agência de viagens Despegar, dona da Decolar.
“A Prosus é uma empresa com bastante capacidade de investimento e temos visão clara de focar 100% na construção de negócio e crescer”, afirmou o executivo, citando um processo de IPO também como um fator de distração que poderia consumir tempo das equipes.
Barreto disse que a Prosus segue focada em crescimento orgânico de seus ativos, embora tenha admitido que no caso do iFood há “interesse muito grande no setor de vale alimentação e refeição… M&A é uma possibilidade”. Porém, quando questionado sobre um possível interesse na Alelo, como foi noticiado pela mídia em meados do ano, ele afirmou que “não comento essa discussão”.
Já sobre a ampliação dos serviços financeiros do iFood mediante pedidos de licenças adicionais ao Banco Central, o executivo comentou que o foco segue principalmente no atendimento das demandas dos restaurantes, algo que pode evoluir para mais ofertas aos usuários finais.
Atualmente, o iFood já tem licenças para ofertas de contas digitais e empréstimos. “O desembolso mensal é de R$150 milhões a um prazo de 18 meses”, disse Barreto. “O foco não é competir com bancos, mas ser uma ótima opção bancária dentro do meu ecossistema”, acrescentou o executivo.
Fonte.:UOL Tecnologia.: