A expectativa é que os investimentos sejam uma grande tábua de salvação para a Intel, que tem lutado para manter seu domínio nos mercados de unidades centrais de processamento de PCs e servidores, enquanto compete com a AMD após repetidas tentativas de entrar no mercado de chips de IA comandado pela Nvidia que não produziram resultados.

Após a queda de cerca de 60% no preço das ações no ano passado devido a essas preocupações, as ações da Intel subiram quase 90% até agora em 2025, graças aos novos investimentos na empresa, ajudando-a a superar as ações da líder em chips de inteligência artificial e queridinha de Wall Street, Nvidia.

A Nvidia anunciou no mês passado que investiria US$5 bilhões na Intel, o que lhe daria uma participação de cerca de 4% após a emissão de novas ações. Em agosto, a Intel obteve US$2 bilhões do SoftBank. Depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu a renúncia do presidente-executivo Tan devido aos laços com a China, uma reunião organizada às pressas em Washington resultou em um acordo incomum, envolvendo o governo dos EUA adquirindo uma participação de 10% por US$8,9 bilhões.

No trimestre encerrado em setembro, foram registradas margens brutas ajustadas de 40%, superando as estimativas de 35,7%, enquanto o lucro ajustado de US$0,23 por ação também superou as expectativas de lucro de US$0,01 por ação, de acordo com dados compilados pela LSEG.

A empresa encerrará o ano com um quadro de empregados mais de um quinto menor do que no ano passado, conforme anunciado em julho, enquanto Tan reduziu significativamente as dispendiosas ambições de fabricação de seu antecessor destituído, Pat Gelsinger.

Tan cortou custos agressivamente e alienou ativos, após as ambições de Gelsinger de transformar a Intel em uma fabricante terceirizada de chips que competiria com a taiwanesa TSMC levarem a empresa a registrar seu primeiro prejuízo anual desde 1986 em 2024.