O governador Mauro Mendes (União Brasil) respondeu ao desafio feito pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e o provocou a retornar dos Estados Unidos para atuar presencialmente na articulação política pela anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro — entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Se quer a minha ajuda para defender a anistia, eu ajudo. Então, venha para o Brasil e vamos nós dois andar dez dias lá dentro do Congresso Nacional pedindo voto pela anistia. Estou disposto a aceitar o desafio. Agora, daí dos Estados Unidos, meu amigo, não dá, né?”, ironizou Mendes, em entrevista ao vivo à Jovem Pan News.
Início da crise
A tensão entre os dois começou na última sexta-feira (07), após Mauro Mendes reagir às críticas de Eduardo Bolsonaro contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Em vídeo publicado nas redes sociais, o deputado chamou Tarcísio de “o candidato do sistema” e “o cara que (Alexandre de) Moraes quer”, insinuando uma aproximação do paulista com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
A fala irritou Mendes, que saiu em defesa de Tarcísio e rebateu em tom duro, chamando Eduardo de “louco” e afirmando que ele estava “falando merda” dos Estados Unidos, onde vive atualmente.
O governador também relembrou o episódio em que Eduardo se apresentou como articulador do chamado “tarifaço” imposto pelo ex-presidente Donald Trump a produtos brasileiros. Segundo Mendes, o deputado “fez uma lambança gigante” à época e agora estaria cometendo “outro equívoco político”.
A reação de Eduardo Bolsonaro veio em tom agressivo nas redes sociais. O parlamentar chamou Mendes de “frouxo” e “covarde”, além de usar expressões de baixo calão. Alegou ainda que precisava responder às críticas para “não parecerem verdadeiras” e evitar que “outros políticos se sentissem encorajados a repetir o ataque”.
Eduardo também cobrou de Mendes mais empenho na articulação pela aprovação da anistia no Congresso Nacional.
Em nova manifestação, Mendes voltou a ironizar o deputado e criticou seu comportamento político. “Ele está lá fora, nos Estados Unidos, criticando aliados e adversários. É o mesmo que já chamou o próprio pai de ingrato, segundo um áudio divulgado pela imprensa”, afirmou.
Apesar do embate, o governador destacou que mantém “respeito e admiração” pelo ex-Jair Bolsonaro.
Fonte.: MT MAIS


