Bancos brasileiros anunciaram uma iniciativa importante para desenvolver o mercado de carbono no país. O Bradesco, em parceria com o BNDES e o fundo EcoGreen, lançou a Ecorra, uma certificadora brasileira que visa impulsionar o setor de créditos de carbono.

“A gente está aqui com tecnologia de ponta para fazer esse negócio acontecer. […] A gente tem a capacidade de ter essa certificadora brasileira com um nível de conhecimento dos biomas brasileiras que acho que nenhuma dessas multinacionais ainda tenha”, disse Marcelo Noronha, CEO do Bradesco, em entrevista ao Fechamento de Mercado, do CNN Money.

Para Noronha, o Brasil possui posição privilegiada no mercado de carbono, sendo um dos países mais beneficiados com créditos neste setor. A presença do Bradesco em todas as regiões do país, incluindo a Amazônia, é vista como um diferencial para a operação da nova certificadora.

A nova empresa contará com o suporte tecnológico da Acorn, companhia americana de engenharia com atuação mundial. A iniciativa surge em um momento estratégico, após a sanção da nova regulamentação do mercado de carbono em dezembro de 2024, que entrará em vigor a partir de 2030.

O projeto ainda conta com equipes especializadas em sustentabilidade e investimentos, além de parceiros do setor de energia.

A iniciativa se alinha aos compromissos do Bradesco com a sustentabilidade, que incluem investimentos em projetos ambientais. Entre as parcerias destacam-se o apoio à SOS Mata Atlântica, com investimentos de mais de 180 milhões de reais, e à Fundação Amazonas Sustentável, com cerca de 130 milhões de reais ao longo de 17 anos.